OPINIÃO: O erro fatal de Lula que fez Trump dar o xeque-mate
Enquanto o presidente aposta em um discurso ideológico, Trump já deu o xeque-mate com o tarifaço de 50%. O investidor brasileiro precisa entender o jogo antes que seja tarde demais
Presidente Lula. (Foto: Fabio Rodrigues / Agência Brasil)
Lula, em sua tentativa de afirmar uma nova política externa para o Brasil, se alinhou à proposta do BRICS de desafiar o dólar como moeda global. A ideia de “desdolarizar” o comércio brasileiro, embora defendida como um símbolo de autonomia econômica, é um erro estratégico que coloca o país em risco. E Donald Trump, com seu tarifaço de 50%, deu o xeque-mate. A verdade é que essa proposta de desdolarização não é apenas um erro de cálculo, mas uma jogada completamente desconectada da realidade econômica global. A teoria defendida pelo BRICS e, em parte, abraçada pelo governo brasileiro, é uma provocação direta ao sistema financeiro mundial, e a resposta de Trump a essa postura é clara: tarifas elevadas para pressionar um país que se distancia do mercado global.
O que ele parece ignorar é que desafiar o dólar não é um símbolo de autonomia, mas sim um caminho perigoso. Ele está literalmente colocando o Brasil em uma posição de fragilidade. O governo brasileiro, ao invés de procurar uma integração pragmática com as principais economias, está se afastando do sistema financeiro global. E o que acontece quando o Brasil se afasta dos seus principais parceiros comerciais e financeiros? O tarifaço de Trump é a resposta. O presidente americano, não hesitou: aplicou 50% de tarifas sobre os produtos brasileiros, uma medida que, mesmo não sendo diretamente ligada ao Brasil, reforça a ideia de que o país está se isolando do mercado global. Esse isolamento é a maior ameaça ao investidor brasileiro.
A proposta de desdolarização, por mais que tenha sido ventilada como uma tentativa de soberania econômica, é uma teoria que vai contra a lógica do mercado global. Trump percebeu isso rapidamente e decidiu agir com o tarifaço. A jogada de desdolarização do Brasil e do BRICS é uma provocação que não passa despercebida. O impacto disso no mercado financeiro é imediato, e quem paga o preço é o investidor. O mercado já sente o impacto. O risco Brasil já é alto e, com a proposta de desdolarização, o risco só aumenta. Se o governo não conseguir manter o Brasil dentro do circuito das grandes economias globais, os investidores vão buscar refúgio em ativos mais seguros, e a Bolsa vai sofrer com a falta de liquidez externa. O capital vai fugir do Brasil, e o país vai se ver em um cenário ainda mais difícil para garantir o crescimento econômico.
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E enquanto isso, o investidor brasileiro continua a ser o grande “pagador da conta”. A crise está no ar, a incerteza econômica vai aumentar e a única forma de proteger o patrimônio é agir com inteligência, diversificando os investimentos e buscando alternativas em mercados mais estáveis. O que é preciso entender agora é que o jogo não se resume mais a políticas internas ou medidas isoladas. O investidor precisa entender que, ao apostar em uma proposta ideológica, o governo Lula está expondo o Brasil a riscos externos e globais que não podem ser ignorados. Na prática, “desdolarizar” significa correr o risco de aumentar a volatilidade cambial, o que resulta em maior incerteza econômica e menor atração de investimentos estrangeiros. E quem paga o preço por isso? O investidor. Porque quando o dólar sobe, os preços de todos os produtos aumentam. E quando o mercado sente insegurança política, a liquidez some.
O momento não é de esperar que o governo resolva o problema. O momento é de agir estrategicamente, de perceber que o mercado financeiro está em um processo de reavaliação constante e que a única forma de preservar e crescer o patrimônio é tomando decisões inteligentes e oportunas, enquanto o Brasil navega em águas turbulentas. Em resumo, a desdolarização do BRICS é um erro que só vai piorar a crise no Brasil. O tarifaço de Trump não é uma vingança comercial, é uma resposta direta a uma postura ideológica que isola o Brasil do mercado global. O investidor precisa entender que a solução não está em esperar que o governo resolva, mas em se posicionar estrategicamente para enfrentar as dificuldades que virão. O Brasil pode sobreviver a esse golpe, mas o investidor precisa saber como jogar o jogo agora, enquanto o caos se desenrola.
A verdade é que o Lula entrou no jogo de xadrez, mas só sabia jogar dominó.