Veja o desempenho do dólar hoje. Foto: Adobe Stock
O dólar hoje fechou em baixa com a perspectiva do fim da paralisação do governo dos Estados Unidos, que chegou ao seu 41º dia nesta segunda-feira (10). A moeda encerrou em queda de 0,53% a R$ 5,3073. O mercado segue à espera da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e de dados da inflação brasileira, que serão divulgados na semana.
Nos EUA, os senadores aprovaram um acordo bipartidário que estende o financiamento do governo até janeiro, com votação prevista para dezembro sobre os créditos fiscais do Obamacare e reversão da demissões de servidores.
O mercado também olhou para o “dividendo tarifário” de US$ 2 mil proposto pelo presidente Donald Trump, que, segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, pode ser viabilizado por cortes de impostos. A medida, na avaliação do economista André Perfeito, tende a agravar o quadro fiscal americano.
Na China, o CPI subiu 0,2% em outubro ante igual mês de 2023, contrariando a expectativa de queda de 0,2% da FactSet e revertendo o recuo de 0,3% de setembro. O governo chinês também suspendeu sanções a estaleiros sul-coreanos e flexibilizou exportações de minerais críticos, como gálio, germânio, antimônio e grafite, após a trégua comercial com Washington. As restrições haviam sido impostas em 2024 em resposta aos controles dos EUA sobre chips avançados.
Mercado de câmbio aguarda dados da inflação e ata do Copom
No Brasil, as atenções se voltaram para a abertura da 30ª Conferência das Partes (COP30) em Belém (PA), com expectativa pela declaração final dos países-membros.
Nesta segunda, o Banco Central publicou as regras para a negociação com ativos virtuais, que incluem as criptomoedas, e criou a figura das Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (PSAVs
O Boletim Focus mostrou leve alta na projeção suavizada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses, de 4,06% para 4,08%. Para 2025 e 2026, as projeções seguem em 4,55% — acima do teto da meta — e 4,20%, respectivamente.
O IPC-S subiu 0,23% na primeira quadrissemana de novembro, acumulando alta de 3,98% em 12 meses, segundo a FGV. A agenda da semana inclui a ata do Copom e o IPCA de outubro, nesta terça (11); as pesquisas de Serviços e Varejo, de setembro, na quarta (12) e quinta (13); e o IGP-10, de novembro, na sexta-feira (14).
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Após o tom duro do Copom, que manteve a Selic em 15% pela terceira vez, o mercado busca na ata sinais sobre o início da queda dos juros, projetado entre janeiro e março de 2026. Também está no radar a troca dos diretores do BC Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização), em dezembro.
Na política, o presidente da Câmara, Hugo Motta, incluiu na pauta de terça o projeto de lei antifacção, em sessão semipresencial. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que sancionará até amanhã o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. Para mais informações sobre o dólar hoje, clique aqui.