Acionistas da Axia Energia (AXIA3;AXIA6) aprovaram na última sexta-feira (19) mudanças na estrutura acionária da empresa, além da distribuição de R$ 30 bilhões em reservas de lucro via bonificação de ações.
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Acionistas da Axia Energia (AXIA3;AXIA6) aprovaram na última sexta-feira (19) mudanças na estrutura acionária da empresa, além da distribuição de R$ 30 bilhões em reservas de lucro via bonificação de ações.
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A distribuição ocorre por meio da criação de uma nova classe de ações: os papéis preferenciais classe C (PNCs), que vão negociar com o ticker (código) AXIA7. Na prática, quem tinha ações da empresa até sexta-feira (19) ganhará cerca de 0,2628 ações AXIA7 para cada 1 antiga.
Esses novos papéis serão entregues aos investidores em 26 de dezembro. A criação dessa estrutura está alinhada aos planos da empresa para migrar ao Novo Mercado, segmento de listagem que busca ter o maior nível de governança corporativa da B3.
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As ações AXIA7 serão convertidas em ações ordinárias até 2031, salvo se o conselho de administração optar por resgatá-las antecipadamente. Os papéis da modalidade têm direito a voto e tag along de 100% – mecanismo de proteção que garante ao pequeno investidor a chance de vender suas ações pelo mesmo valor recebido pelo controlador.
A reestruturação também criou uma classe transitória de ação: a preferencial de classe R (PNR). Esse papel tem resgate imediato e obrigatório – ou seja, a Axia vai comprar de volta automaticamente e pagar o investidor em dinheiro, no valor de R$ 1,2995 por ação.
O pagamento desse resgate das PNRs será realizado em parcela única no dia 13 de janeiro de 2026. O valor será calculado com base na posição acionária do investidor na última sexta-feira (19).
A Axia também aprovou a conversão de cada ação preferencial classe A (PNA) e ação preferencial classe B (PNB) em ação preferencial classe A1 (PNA1) e ação preferencial classe B1 (PNB1).
Essa mudança, no entanto, não gera impacto para o investidor. Os tickers das ações PNA1 e PNB1 permanecerão como AXIA5 e AXIA6, respectivamente.
Segundo o Itaú BBA, a estrutura permanece economicamente neutra para os investidores, uma vez que as ações AXIA7 possuem os mesmos direitos econômicos das ações ordinárias e são totalmente conversíveis ou resgatáveis ao preço de mercado das ações AXIA3.
“Assim, o valor econômico permanece inalterado: o que hoje está refletido em uma única ação ordinária será redistribuído entre a AXIA3 ajustada e a nova AXIA7 recebida, mantendo intacto o valor total para o acionista”, explica.
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Na visão do banco, essa distribuição de R$ 30 bilhões, por si só, não implica aumento de dividendos recorrentes. Trata-se, na verdade, de um uso eficiente das reservas de lucros acumuladas pela empresa, em antecipação às mudanças na tributação de dividendos em 2026.
O Santander também avalia que a estrutura foi desenhada para reduzir efeitos tributários, ao permitir um uso mais flexível das reservas acumuladas. “Não deve haver impacto econômico imediato nem alteração no nível de alavancagem da Axia, o que avaliamos de forma positiva”, diz.
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