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Colunista

Do Master à Havaianas: o que a crise de confiança de 2025 ensina para 2026

O ano de 2025 expôs como dinheiro, política e identidade se misturaram e por que a confiança virou o ativo mais frágil da economia brasileira

Por Ana Paula Hornos

27/12/2025 | 7:30 Atualização: 26/12/2025 | 8:47

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Do Banco Master à polêmica envolvendo a Havaianas, marcas e reputação entraram no centro do debate público (Foto: Adobe Stock)
Do Banco Master à polêmica envolvendo a Havaianas, marcas e reputação entraram no centro do debate público (Foto: Adobe Stock)

Em 2025, o dinheiro saiu das planilhas e foi parar no centro das conversas de política, família e redes sociais. Até na mesa de Natal, a conversa não escapou dos temas da mídia e das contas do ano seguinte.

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De um lado, a liquidação do Banco Master, com o maior acionamento da história do FGC e a sensação de que até o “porto seguro” da renda fixa podia balançar. De outro, a Havaianas: uma campanha com Fernanda Torres, num jogo de palavras entre “entrar com o pé direito” e “começar 2026 com os dois pés”, que parte do público leu como recado político: o bastante para gerar boicotes, vídeos indignados e queda nas ações da Alpargatas.

  • Leia mais: Alpargatas (ALPA4) reage após ruído político e ganha R$ 455 milhões em valor de mercado

De banco a chinelo, passando por apostas e influencers, 2025 mostrou que o brasileiro não estava só comprando produtos e investimentos: estava comprando histórias. Mas quando esses enredos desabam, não é só o saldo que sofre, é a confiança que se abala.

No Master, o investidor comum não recebia só um título de renda fixa, mas a narrativa “é seguro, tem FGC, rende mais que a poupança”. O fundo foi criado para proteger o pequeno poupador e quem está começando a investir, não para cobrir para sempre gestão ruim, corrupção ou promessas de retorno agressivas. Quando um banco quebra e consome parte relevante dessa rede, a leitura não é só técnica; é emocional: sensação de ter sido traído por um sistema que dizia “pode confiar”.

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Na Havaianas, a marca vira alvo de boicote e guerra ideológica: o chinelo deixa de ser só chinelo e passa a sinalizar quem a pessoa apoia ou rejeita.

Nas apostas, o roteiro é delicado. Em poucos anos, o que era cassino distante virou aplicativo no bolso, com bônus e influenciadores sorridentes. A mensagem é “todo mundo está jogando, você também pode acertar”.

Esses três movimentos contam uma mesma história: a crise de confiança de 2025 não foi apenas institucional; foi comportamental. E ela deixa pelo menos três lições importantes para 2026.

3 lições importantes para investir e consumir em 2026

Educação financeira e falsa segurança

A primeira é que confiança sem educação financeira transforma pessoas bem-intencionadas em alvos fáceis. O investidor iniciante que escolhe um produto com FGC não quer burlar o sistema; ele só tenta se proteger. Mas, sem entender minimamente risco, prazo e concentração, acaba confiando mais em selos, discursos e rostos conhecidos do que em análise de fato, e isso é pouco diante da complexidade do sistema financeiro atual.

Polarização, marcas e valor

A segunda é que, quando marcas e instituições entram demais na lógica da polarização, há perda de confiança e consequentemente de valor. 2025 mostrou que comprar ou deixar de comprar uma marca, aderir ou não a uma campanha, apostar ou não apostar deixa de ser apenas uma escolha prática e passa a carregar recados sobre pertencimento e posicionamento.

Há um lado positivo nisso, com consumidores mais atentos à coerência ética de empresas e instituições. Mas o risco é grande: usar a divisão política como estratégia de marketing pode derrubar ações, desgastar uma marca construída em décadas; como Havaianas, símbolo de Brasil plural; e encolher um dos poucos espaços em que pessoas com ideias diferentes ainda conseguiam conviver.

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Em vez de aprofundar o “nós contra eles”, 2026 pede empresas que respeitem a diversidade de opiniões e ajudem a baixar a temperatura.

Normalização do risco

A terceira lição é que naturalizamos um nível alto de risco no dia a dia. Apostar parte significativa da renda em plataformas de jogo, clicar em links com promessas de retorno extraordinário, concentrar investimentos em uma única instituição porque “todo mundo está fazendo” passou a ser visto quase como normal. Quando o risco constante se torna paisagem, o senso de limite se enfraquece. E, quando os tombos vêm, são vividos como azar, não como consequência de um contexto que foi se tornando perigoso.

Eleições e Copa do Mundo: o que aprender para 2026

O que isso ensina para 2026, ano eleitoral, de Copa do Mundo e de publicidade ainda mais agressiva em torno de consumo, investimentos e apostas?

Ensina, primeiro, que não há saída saudável pela via da negação. Fingir que tudo é golpe e que nada merece confiança paralisa. Fingir que está tudo bem e que “no fim dá certo” empurra o problema para um futuro cada vez mais caro. A tarefa é mais difícil: transformar essa desconfiança espalhada em atenção crítica, autorresponsabilidade e escolhas mais responsáveis.

Para o indivíduo comum, isso não se traduz em grandes gestos heroicos, mas em escolhas discretas: diversificar um pouco mais; fugir de produtos que prometem retorno fácil; desconfiar de investimentos que parecem “perfeitos” demais; lembrar que garantia não é passe livre para qualquer risco; perceber quando aposta deixou de ser brincadeira e virou buraco. No consumo, perguntar com mais frequência se a compra está alinhada ao projeto de vida ou apenas a uma emoção do dia.

Em ano eleitoral, esse recado não vale só para famílias e investidores, mas também para políticos que pedem voto. Em vez de explorar a polarização e discursos vazios sobre “lado certo” e “lado errado”, a política poderia olhar com seriedade para a proteção real da população: fortalecer a fiscalização do sistema financeiro, tratar o problema das apostas como questão de saúde pública e não apenas de arrecadação, reconhecer a vulnerabilidade comportamental de uma sociedade bombardeada por crédito fácil e promessas de ganho rápido, enfrentar a corrupção com mais do que slogans. No fundo, o que o “recado do chinelo” expressa é uma exaustão com o jogo de cena e um desejo simples: ter uma base minimamente estável para viver, trabalhar, planejar e crescer.

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2025 escancarou que dinheiro, hoje, é um dos lugares onde projetamos medos, esperanças e identidades. Em 2026, isso não vai desaparecer. O que pode mudar é a forma como cada um escolhe responder.

A crise de confiança deixa um recado incômodo e, ao mesmo tempo, libertador: não é possível controlar tudo o que acontece no sistema financeiro, nem no cenário político ou nas estratégias das marcas, mas é possível cuidar da qualidade das próprias decisões. Há um tipo de segurança que não vem de garantias externas, e sim da coerência interna entre valores, limites e escolhas.

O calendário vai virar de qualquer jeito. A confiança, não. Ela pode continuar sendo distribuída no impulso ou, depois de um ano como 2025, pode começar a ser oferecida com mais consciência. No fim, talvez seja isso que 2026 esteja pedindo: menos fé cega em histórias bonitas e mais responsabilidade serena sobre o papel que cada um tem na própria vida financeira.

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