Investimento não é cassino

Fabrizio Gueratto tem quase 20 anos de experiência no mercado financeiro. É especialista em investimentos, professor de MBA em Finanças, autor do livro “De Endividado a Bilionário”, fundador da Gueratto Press e criador do Canal 1Bilhão, com quase 21 milhões de visualizações no YouTube

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Fabrizio Gueratto

Cinco educadoras financeiras para acompanhar em 2022

Mesmo tendo grande crescimento no número de investidores, apenas 27% da Bolsa é composta por mulheres

Tay Rodrigues tem mais de 35 mil seguidores no Instagram. Foto: Felipe Busi
  • Um estudo feito pela FINRA (Autoridade Regulatória da Indústria Financeira dos EUA) revelou que 71% dos homens que responderam à pesquisa acreditam ter grande conhecimento sobre investimentos, mas somente 54% das mulheres fizeram tal afirmação
  • Isso se deve, em grande parte, pela falta de segurança e lugar de fala que o público feminino tem no mercado financeiro

A Bolsa de Valores brasileira (B3) atingiu mais de 4 milhões de investidores pessoas físicas ano passado. Comparado com 2020, quando existiam 3.229.318 contas ativas, houve um crescimento expressivo de cerca de 26%.

Este é um número impressionante, ainda mais considerando o momento conturbado pelo qual a economia brasileira vem passando. Além de ter que lidar com os preços elevados dos produtos em geral e o aumento da taxa básica de juros, o índice Ibovespa terminou o ano com uma queda de 12%.

Um dos motivos apontados para esse aumento de pessoas na Bolsa é a grande quantidade de informações sobre educação financeira disseminadas na internet. Por outro lado, o número de mulheres investidoras ainda é pequeno se comparado ao dos homens. Atualmente, apenas 1,114 milhão dos CPFs cadastrados pertencem ao público feminino. Ou seja, representam 27% dos investidores brasileiros.

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No entanto, já está mais do que na hora da B3 ter um público igualitário. Um estudo feito pela FINRA (autoridade regulatória da Indústria Financeira dos EUA) revelou que 71% dos homens que responderam à pesquisa acreditam ter grande conhecimento sobre investimentos, mas somente 54% das mulheres fizeram tal afirmação. Isso se deve, em grande parte, pela falta de segurança e lugar de fala que o público feminino tem no mercado financeiro.

Sendo assim, um grande incentivo é acompanhar mais influenciadoras e educadoras financeiras. Pensando nisso, resolvi preparar uma lista com os nomes mais promissores da internet.

Tay Rodrigues

Desde pequena, Tay Rodrigues recebeu educação financeira dos pais, aprendendo os fundamentos para desempenhar boas estratégias nos investimentos. Aos 22 anos, enquanto ainda fazia faculdade de direito, decidiu comprar suas primeiras ações, o que lhe permitiu alcançar um padrão de vida confortável e tranquilo.

Com esse conhecimento, ela decidiu criar conteúdos sobre o mercado de uma maneira mais descontraída e leve, seguindo a regra do jogo para trazer as pessoas para a educação financeira. Os mais de 35 mil seguidores que ela conseguiu em pouco tempo no Instagram são um atestado de que essa batalha está sendo vencida.

Bea Aguilar, do Papo de Bolsa

A educadora Beatriz Aguilar começou a trabalhar no mercado financeiro ainda muito jovem. Com apenas 16 anos, ingressou na Caixa Econômica Federal e, em seguida, no Santander. Após vários anos, a profissional decidiu deixar a vida cansativa de metas bancárias para se jogar de cabeça no mundo das ações como day trader.

A partir daí, foi capaz de desenvolver técnicas e aprender como o mercado realmente funcionava, virando uma verdadeira mestra da análise fundamentalista. O pensamento de criar um canal no Youtube, o “Papo de Bolsa”, surgiu de um grupo no Whatsapp que era composto por mulheres que discutiam sobre mercado financeiro.

Desde então, Bea vem se dedicando para trazer conteúdos inovadores e diversificados.

Ana Laura Magalhães, do Explica Ana

Formada em Comércio Exterior pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ana Laura não começou sua carreira exatamente no setor financeiro. Contudo, após anos trabalhando em telemarketing e como vendedora, ela decidiu mudar de vida. Assim, após 17 entrevistas de emprego, foi contratada pela XP como assessora de investimentos.

Ela conta que foi aprendendo sobre o mercado aos poucos, tirando certificações e investindo por conta própria. Graças a isso, conseguiu construir seu espaço na empresa e, em 2019, se tornou uma das sócias da corretora.

Atualmente, ela possui o podcast “Explica Ana”, onde dá dicas de investimentos, traz convidados renomados da área e ajuda aqueles que querem aprender mais sobre finanças.

Nathália Rodrigues, do Nath Finanças

Aos 22 anos, ela sempre sonhou em ter sua própria empresa e negócio. Desta forma, após entrar em um curso superior de administração, deu início a um império das finanças pessoais. Enquanto estudava, Nath Rodrigues se interessou pelo mercado financeiro e então lançou um canal de YouTube sobre o tema.

Vinda de origem humilde, Nath resolveu criar vídeos sobre educação financeira voltados para pessoas de baixa renda e que entendiam pouco sobre como organizar o seu dinheiro. Com isso, recebeu uma grande aceitação do público e hoje já coleciona 278 mil inscritos.

Carol Dias, do Riqueza em Dias

Com uma história de vida bem interessante, Carol Dias foi de ex-panicat para influenciadora digital de finanças. Após deixar o programa Pânico na Band e trabalhar como modelo fotográfica, resolveu estudar, fazer cursos e aprender mais sobre como organizar seu próprio dinheiro.

Em 2019, Carol lançou o seu próprio canal no YouTube sobre finanças, o “Riqueza em Dias”, que atualmente tem 180 mil inscritos. Além de abordar investimentos mais tradicionais, como Renda Fixa, a influenciadora fala bastante sobre o mercado de ações.

Afinal, Carol  se considera uma investidora arrojada e possui 80% do seu patrimônio aplicado na renda variável.

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