- Pela Previdência pública, as mulheres conseguem se aposentar aos 60 anos por idade, enquanto os homens aos 65 anos
- No entanto, com a realização de aportes mensais, os jovens podem construir um patrimônio capaz de gerar mensal no futuro
- A construção dessa reserva deve estar alinhada a investimentos com foco em retornos de longo prazo
A aposentadoria parece ser uma realidade distante para quem tem apenas 25 anos, quando se considera as regras atuais da Previdência Social.
Leia também
Para se aposentar por tempo de serviço é preciso ter contribuído no mínimo 35 anos para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no caso dos homens, e 30 anos no caso das mulheres.
Por idade, a faixa etária mínima é de 65 anos para os homens e de 60 para as mulheres.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
No entanto, um bom planejamento financeiro alinhado a investimentos pode garantir aos jovens de 25 uma forma de se aposentar aos 40 anos.
Como se aposentar aos 40 anos?
De acordo com Daniel Carraretto, educador financeiro e criador do canal no Youtube ‘Meu Dinheiro Ativo’, o objetivo pode ser alcançado com aportes mensais em aplicações financeiras que correspondem a 20% da sua atual renda (líquida).
O percentual de poupança estabelecido na simulação considera o perfil de um investidor com despesas (incluindo gastos com lazer) que comprometam até, no máximo, 80% do seu orçamento.
Considerando a média de rendimento mensal dos investimentos a 1%, as projeções realizadas por Carraretto mostram que em 15 anos seria possível construir um patrimônio suficiente para garantir uma aposentadoria.
No entanto, ele afirma que há produtos financeiros que podem dar um retorno acima da média utilizada na simulação.
“Nós temos investimentos conservadores de renda fixa que têm uma rentabilidade de 1%. É o caso do Tesouro Selic. Mas se você tiver uma carteira diversificada, alcançar essa rentabilidade fica bem mais tranquilo porque existem fundos imobiliários, por exemplo, que pagam além de 1%”, afirma.
Publicidade
As simulações consideraram duas faixas de renda para esse público: R$ 3 mil e R$ 5 mil.
No caso da primeira opção, o investidor precisa realizar aportes mensais de R$ 600 para acumular um patrimônio de quase 300 mil.
O valor investido será capaz de oferecer, no futuro, uma renda mensal de R$ 3 mil ao considerar a rentabilidade média mensal dos investimentos de 1%.
Já para quem ganha em torno de R$ 5 mil, os aportes devem ser de R$ 1 mil por mês ao longo de 15 anos para construir o patrimônio de quase R$ 500 mil.
Publicidade
Ao aplicar o montante em investimentos, os retornos financeiros podem oferecer ao investidor uma renda extra de R$ 5 mil, considerando também a taxa média de rentabilidade de 1%.
“O jovem precisaria acumular esse patrimônio até aos 40 anos para que ele consiga aplicar esse valor em investimentos capazes de gerar uma renda mensal”, explica Carraretto. As aplicações nesta “segunda” etapa devem ter uma estratégia que garanta a preservação do patrimônio para que não seja ‘corroído’ pela inflação e que ofereça bons dividendos. “O Tesouro IPCA+ e o Tesouro pré-fixado pagam juros semestrais”, destaca.
E se eu quiser uma renda maior?
Se o objetivo é receber uma renda ainda maior, Eduardo Reis Filho, educador financeiro da Ágora Investimentos, recomenda ao investidor que realize aplicações no Tesouro IPCA+ com data de resgate em 2045.
Ao contrário das outras duas projeções, o investidor precisaria esperar mais oito anos a sua aposentadoria e estar disposto a desembolsar mensalmente R$ 1.350 para construir um patrimônio de R$ 1 milhão.
“Ter uma renda de R$ 10 mil por mês, gerada pelo retorno do montante aplicado em investimentos, seria possível simulando uma rentabilidade de 1% ao mês. Nada mal para as condições brasileiras atuais”, destaca Filho. A escolha pelo título do tesouro atrelado ao IPCA seria uma forma de proteger os recursos dos efeitos corrosivos da inflação ao longo do tempo.
Diversifique a carteira
A diversificação dos investimentos também é outra estratégia capaz de potencializar os retornos financeiros, além de minimizar a exposição aos riscos atrelados a cada classe de ativos, para a construção do seu patrimônio.
Publicidade
Felipe Cima, broker de renda variável da Manchester Investimentos, acredita que o equilíbrio no portfólio pode ser encontrado na divisão das aplicações em ativos de renda fixa e de renda variável.
“Essa seria uma carteira de investimentos de 60/40 que, pelo longo prazo de investimento, procura-se expor 60% dos recursos em renda fixa e 40% em renda variável”, explica Cima.
No caso das aplicações em renda variável, ele recomenda ao investidor estar posicionado em fundos multimercados e em ações de empresas boas pagadoras de dividendos.
“As ações do Banco do Brasil (BBAS3), Taesa S.A (TAEE11), Petrobras (PETR3/PETR4), Vale (VALE3), Eletrobras (ELET3/ELET6) e BBSeguridade (BBSE3) são algumas empresas pagadoras de dividendos. O ideal é fugir de empresas endividadas e cujo as receitas estejam ligadas a setores cíclicos”, recomenda Cima.
Já Carrareto ressalta que essa distribuição deve também considerar o perfil do investidor.
Publicidade
Caso o jovem seja mais conservador, a sugestão dele é que os seus investimentos estejam todos aplicados em produtos de renda fixa.
Agora, se houver algum apetite ao risco, a orientação é destinar cerca de 30% dos seus aportes em renda variável, que incluem ações no Brasil e no exterior, como nos Estados Unidos, além de estar posicionado em criptomoedas.
“Para um perfil de investidor arrojado, a orientação é que distribua os seus aportes mensais em 30% em renda fixa e 70% em renda variável, exterior e criptomoedas”, sugere o educador financeiro.