- Parcelar sem juros no cartão de crédito pode ajudar a preservar o caixa
- Adiar o pagamento de contas é outra medida para enfrentar a crise
- Ficar atento aos investimentos para entender as oscilações
A jornalista Mara Luquet está vivendo na pele as dificuldades dos empreendedores brasileiros. Sócia do MyNews, um canal de notícias idealizado por ela e Antonio Tabet (Porta dos Fundos) para o YouTube, ela precisou fazer adaptações na sua grade de programação por conta da crise do novo cornavírus. Algumas séries que estavam programadas para entrar no ar tiveram de ser adiadas.
A agilidade da internet e a necessidade jornalística fizeram nascer o “Almoço de Quarentena”, um programa sobre tudo o que está acontecendo que chega para uma base de mais de 346 mil assinantes do canal.
“Em primeiro lugar, cuidar da saúde. E tenha muito cuidado com as fake news. É preciso se certificar das fontes confiáveis de informação. Não subestime o poder das notícias falsas de jeito nenhum”, diz Mara Luquet.
Especializada em finanças e investimentos, com mais de 15 livros publicados sobre o tema, Mara dividiu com o E-Investidor três dicas financeiras para enfrentar a crise do novo coronavírus:
1 – Preserve o seu caixa:
“Todos nós ficaremos mais pobres neste momento difícil da economia. O profissional liberal e os restaurantes, por exemplo, terão uma redução de renda brutal. Por isso, é preciso ter caixa. Sabe aquela dica de não usar o parcelado do cartão de crédito? Agora, vá ao supermercado e parcele sem juros. É uma maneira de enfrentar esses 2, 3 meses que serão muito difíceis”
2 – Reduza seu custo fixo:
“Se você puder adiar as prestações, adie. A Casas Bahia, por exemplo, anunciou que vai jogar as prestações desses próximos meses para o final do contrato. Isso foi uma atitude maravilhosa! É uma forma de ajudar até que saiam as medidas do governo. Tudo o que puder ser jogado pra frente, é preciso fazer neste momento.”
3 – Atenção aos investimentos:
“Fique atento à oscilação que os investimentos podem ter neste período, inclusive na renda fixa. Não é para entrar em desespero. Mas para entender como está a sua aplicação e, se for preciso, aí sim tomar uma decisão”