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- Com o Pix Cobrança, empresas poderão gerar QR Codes para pagamento em datas futuras, com a inclusão de juros, multas, acréscimos, descontos e outros abatimentos
- Diferente de um boleto comum, que demora até três dias úteis para ser compensado, o Pix Cobrança tem tempo de liquidação de 10 segundos
- Outra vantagem é que o QR Code para cobrança poderá ser gerado de forma instantânea e pago a qualquer hora ou dia da semana
Depois de dois adiamentos, o Pix Cobrança entra em funcionamento nesta sexta-feira (14). A nova modalidade do serviço instantâneo de pagamentos do Banco Central tem o objetivo de facilitar as cobranças feitas por pessoas jurídicas.
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Com o Pix Cobrança, empresas e microempreendedores poderão gerar QR Codes para pagamento em datas futuras, com a inclusão de juros, multas, acréscimos, descontos e outros abatimentos de maneira semelhante a um boleto bancário.
A principal diferença é que a compensação acontece em 10 segundos, em vez de demorar até três dias úteis (como em um boleto convencional). É importante lembrar que desde novembro de 2020, quando o Pix passou a funcionar, já era possível gerar QR Codes para pagamentos para liquidação imediata.
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Já que o dinheiro cai no mesmo minuto na conta, fica mais fácil para comerciantes e empreendedores organizarem os fluxos das empresas. No caso de e-commerces, por exemplo, seria possível até mesmo agilizar a liberação de produtos para envio ao consumidor.
“O boleto tem um grande problema que é a demora para compensação. Então mesmo que a empresa emita um boleto e o consumidor pague exatamente na mesma hora, a notificação só chega no dia seguinte”, afirma Igor Senra, CEO da Cora. “Para os e-commerces, essa demora na notificação é custosa, já que ela paga para ter o estoque, e só pode liberar o produto após a confirmação do pagamento.”
Outra vantagem é que o QR Code para cobrança poderá ser gerado de forma instantânea e pago a qualquer hora ou dia da semana. Por outro lado, um boleto pode demorar para ser emitido e só pode ser pago em horário comercial. Para Senra, essas características tornam o Pix Cobrança um substituto natural do boleto bancário.
“O Pix Cobrança funciona como um requerimento de pagamento. Ele fica com uma data de vencimento e o comerciante pode configurar os juros, multas e etc, para depois daquele vencimento. É a evolução do Pix comum”, afirma Igor Senra, CEO de fintech Cora.
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As instituições financeiras participantes terão até o dia 1 de julho para disponibilizar a experiência completa do Pix Cobrança, com leitura do QR Code e pagamento em data futura, de acordo com o Banco Central.
Aumento de competição
Atualmente, a tarifa para emitir um boleto bancário (também conhecida como TEC) pode chegar até R$ 10. Como toda a tecnologia que envolve o Pix é pensada para baratear os custos, o Pix Cobrança abre uma nova janela de oportunidades.
“Hoje existe um grupo limitado de emissores de boleto no Brasil, cujos participantes ficam em um jogo de manter os preços nos patamares que querem”, explica Senra. “ O Pix acaba abrindo espaço para uma amplitude maior de players. Com mais competição, é possível oferecer esse serviço gratuitamente para os clientes.”
Na Cora, por exemplo, o Pix Cobrança será totalmente gratuito. A fintech também passará a oferecer um ‘boleto híbrido’ que virá com o QR Code junto à folha, para facilitar a adaptação dos consumidores ao novo serviço.
“Sabemos que tudo tem uma curva de adoção, isto é, demora um pouco para as pessoas passarem a usar uma nova tecnologia. Então no mesmo documento, o pagador irá ver o código de barras do boleto e o QR Code do Pix Cobrança. O consumidor decide qual utilizar”, explica Senra.
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