- Apesar de serem mais conhecidos para a aquisição de um imóvel ou veículo, consórcios podem ser utilizados para compra de serviços, como procedimentos estéticos
- Os consórcios não possuem uma taxa de juros, o que é uma vantagem, mas possuem taxa de administração, além das parcelas poderem ser corrigidas por índices de inflação
Desde que o ator Stênio Garcia, de 91 anos, apareceu em um programa de TV transmitido na terça-feira (13), a internet só sabe falar de uma coisa: harmonização facial. Isso porque o ator revelou que se submeteu a diversos procedimentos estéticos recentemente para rejuvenescer a aparência.
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Cada vez mais essas intervenções caem no gosto popular, com youtubers, tiktokers e subcelebridades fazendo, inclusive, protagonizando propagandas de clínicas de harmonização. Após analisar todos os riscos e vantagens do procedimento, entra a dúvida: como eu vou pagar?
Para não se endividar, especialistas ouvidos pelo E-Investidor dizem que os consórcios podem, sim, ser um caminho. “Apesar dos imóveis e veículos serem os bens mais comuns adquiridos via consórcio, hoje, é possível usar a modalidade para a contratação de serviços como viagens, casamento, formatura, intercâmbios e até procedimentos estéticos”, diz Reinaldo Brícola, sócio e especialista em operações de crédito e consórcio da B.Side Investimentos.
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Lembrando que o consórcio é uma modalidade de compra baseada na união de pessoas em grupos, com o objetivo em comum de adquirir um bem ou serviço específico.
“No sistema de consórcio, o valor do bem desejado (imóvel, automóvel ou serviço) é diluído por um prazo determinado previamente na contratação, onde mensalmente todos os integrantes contribuem para o fundo comum. Todos os meses são contemplados cotistas por sorteio ou lance, até que todos os integrantes do grupo sejam atendidos”, explica Brícola.
- Leia também: Quanto custa fazer uma harmonização facial?
Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a participação do consórcio na economia brasileira aumentou quase 150% em 20 anos. “Podemos observar uma forte busca pelo produto nos momentos de taxa de juros alta, onde financiamentos bancários não fazem sentido”, comenta Andressa Bergamo, sócia-fundadora da AVG Capital.
Vantagens
O especialista Brícola, lista algumas vantagens do consórcio:
- Parcelamento integral;
- Diversidade de prazos para pagamentos;
- Poder de compra à vista;
- Possibilidade mensal de obter o crédito por meio de sorteio;
- Possibilidade de acelerar a contemplação por meio de lances;
- Oportunidade de formar e ampliar patrimônio;
- Flexibilidade do uso do crédito.
Além disso, Bergamo comenta sobre o momento ser atrativo para os consórcios, já que, com a taxa básica de juros, a Selic, a 13,75%, as pessoas que buscam adquirir bens por meio de financiamentos encontram bancos praticando juros ao redor de 15% ao ano.
“Comparada com o financiamento, o consórcio traz ainda mais vantagens financeiras, visto que não tem juros, não precisa de entrada e o custo final pode ser até dez vezes menor que o do financiamento”, afirma a especialista.
Desvantagens
Em relação às desvantagens, Brícola alerta que há uma taxa de administração embutida no valor das parcelas mensais. Além disso, a fim de garantir o poder de compra de todos, as parcelas e o crédito contratado são corrigidos por algum índice de inflação.
Outro ponto negativo é que, para aqueles que desejam comprar um bem rapidamente, o consórcio pode não ser uma boa opção. “Ele só é liberado após a contemplação das cartas, ou seja, por meio de sorteio ou lance antecipado. Já no financiamento, o crédito é concebido no mesmo momento da contratação, colocando o bem como garantia”, finaliza Bergamo.
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