O que este conteúdo fez por você?
- O termo gamificação tomou espaço nos investimentos coma influência na corretora Robinhood, em 2020, mas ganha espaço entre instituições financeiras
- Linguagem clara e personalizada tornam temas mais atrativos, o que desperta a curiosidade e amplia as possibilidades de negócios
- Criptoativos voltados a games e finanças descentralizadas acumulam milhões de valor de mercado
Com o aumento de plataformas de investimentos disponíveis no mercado, a inovação e adaptação a novos modelos pode ser um diferencial para alcançar mais investidores e nichos. Em 2020, a plataforma norte-americana Robinhood atraiu diversos novos investidores com a proposta.
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Apesar de críticas por conta da segurança de dados e suspeita da efetividade do negócio, o modelo de aplicativo acessível e com informações claras passou a ser relevante na hora do investidor escolher uma corretora.
Se de um lado, a chamada gamificação pode atrair investidores amadores, a ferramenta pode ser essencial na hora de promover educação financeira.
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“O fenômeno de gamificação pode deixar de lado a formalidade na linguagem e design e personalizar as transações de forma lúdica, mas é fundamental que o jogo seja bem desenhado e ofereça total integridade das finanças pessoais para manter a credibilidade da instituição no mercado”, avalia Wagner Martin, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Veritran.
Ele ressalta que a estratégia desenvolvida para buscar motivação e engajamento com o público, tornou-se uma das formas mais eficientes para interação com as faixas etárias dos Millennials (nascidos entre 1980 e 1995) e da Geração Z (de 1996 a 2010/12).
Dentre as vantagens da gamificação para o setor bancário, de acordo com Martin, uma das principais é a oportunidade de transformar o relacionamento com o usuário, por meio da linguagem simples, o que atrai o cliente a acessar mais vezes o site ou aplicativo e permaneça mais tempo nos canais bancários. “Outras vantagens apontadas vão desde simplificar o entendimento de produtos bancários complexos e reunir informações sobre o cliente, até bater metas de aumento do volume de depósitos”, complementa.
A startup Investplay, por exemplo, desenvolve produtos digitais para gamificação nas plataformas de instituições financeiras. De acordo com a empresa, o modelo de negócio funciona com o objetivo de contribuir para que o brasileiro tenha mais aprendizado sobre os temas financeiros visando a organização do orçamento de forma eficiente, além de incentivar o investimento com conhecimento adequado.“Nós transformamos esse universo complexo em lições mais práticas e acessíveis de forma personalizada para cada organização fortalecer a relação com o cliente”, explica o fundador da InvestPlay Iago Oselieri.
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Segundo Oselieri, para além dos passos iniciais nos investimentos, viabilizar educação financeira e engajar instituições contribui para diminuição dos altos níveis de comprometimento da renda dos brasileiros, o que resulta em um relacionamento saudável com as finanças.
Público gamer e investimentos
Pensando nesse novo fenômeno, a Guide anunciou parceria com o Magic Squad, equipe profissional de eSportes, que compete no jogo Free Fire na da Liga Brasileira de Free Fire (LBFF). Loni Batist, diretora do Guia Financeiro da Guide, explica que o encontro entre os mundo dos investimentos e dos games acontece cada vez mais cedo. Por conta disso, pretende levar informação sobre finanças na linguagem mais adequada.
“Vemos jovens ganhando dinheiro por meio de campeonatos profissionais, além da produção de conteúdo para o nicho e é essencial que recebam suporte para que tenham boa saúde financeira no futuro”, destaca.
Além disso, Batist ressalta que o público vai além dos jovens e que o mercado cresce de forma acelerada, especialmente porque a facilidade das plataformas mobiles permite que tudo seja feito na palma da mão.
Exemplificando com a próxima experiência, Batist comenta que é mãe de um típico jovem fã de jogos digitais. “Ficamos atentos para entender o que é vício e o que pode prejudicar a capacidade de aprendizado enquanto criança. Ao mesmo tempo, queremos entender como isso pode dar oportunidades de aprendizado”, aponta.
Influência dos jogos nos investimentos
“Além de ser um trunfo na educação financeira, o universo gamer faz match com o mundo dos investimentos por meio de produtos estruturados com COEs (Certificados de Operações Estruturadas), com lastro de criptomoedas de games e NFTs”, explica Batist.
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Segundo ela, esses modelos funcionam como oportunidade de criar produtos dentro da regulação, como gestão de profissionais e segurança ao investidor.
Entre os criptoativos, algumas moedas e tokens voltados para GameFi, expressão utilizada para o ativos que unem jogos e finanças descentralizadas, fazem sucesso entre os investidores e têm ganhos atrativos.
5 maiores GameFi em valor de mercado
Ativo | Ticker | Variação em 7 dias | Valor de mercado |
The Sandbox | SAND | 1,6% | US$ 812 mi |
Axie Infinity | AXS | 2,3% | US$ 426 mi |
Gala | GALA | 1,5% | US$ 887 mi |
Enjin Coin | ENJ | 2,0% | US$ 185 mi |
Smooth Love Potion | SLP | -13,2% | US$ 2,3 bi |
Fonte: CoinGecko em 11/02/2022 |