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- Charlie Munger, o "braço-direito" do megainvestidor americano Warren Buffett na Berkshire Hathaway, morreu aos 99 anos
- Detentor de uma fortuna estimada em cerca de US$ 2,3 bilhões no início de 2023, Munger era um dos principais nomes do mercado financeiro
- Em carta da Berkshire Hathaway, Warren Buffett comentou sobre a morte do amigo
Charlie Munger, o “braço-direito” do megainvestidor americano Warren Buffett na Berkshire Hathaway, morreu aos 99 anos em um hospital na Califórnia, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada na tarde desta terça-feira (28) pela própria companhia, que não detalhou a causa da morte.
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Detentor de uma fortuna estimada em cerca de US$ 2,3 bilhões no início de 2023, Munger era um dos principais nomes do mercado financeiro, influenciando gerações com sua filosofia de investimento em empresas a longo prazo.
A parceria de mais de seis décadas que manteve com Buffett começou em 1959, quando ambos se conheceram em um jantar. Segunda uma reportagem do Dow Jones Newswires, o megainvestidor apelidou Munger de “abominável homem do não” pela forma como rejeitava potenciais investimentos, inclusive alguns que Buffett, sozinho, poderia ter feito de maneira diferente.
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Em carta da Berkshire Hathaway, Warren Buffett comentou sobre a morte do amigo. “A Berkshire Hathaway não poderia ter chegado ao seu status atual sem a inspiração, sabedoria e participação de Charlie.”
Pelas redes sociais, nomes conhecidos do mercado financeiro repercutiram a morte de Munger. No X (antigo Twitter), Sahil Bloom, vice-presidente e consultor da Altamont Capital Partners, fundo de investimento com mais de US$ 3,5 bilhões em capital sob gestão, enfatizou como o legado de Munger ecoará pela eternidade.
“Charlie Munger certa vez ofereceu o que considero o melhor conselho de vida que alguém pode receber: Como encontrar um bom cônjuge? A melhor maneira é merecer um bom cônjuge… Para conseguir o que deseja, você tem que merecer o que deseja”, relembrou Bloom.
No Linkedin, Robert Mangrelli, diretor geral da Chatham Financial, uma das maiores empresas independentes de consultoria e tecnologia em gestão de risco financeiro dos Estados Unidos, também lamentou a morte do megainvestidor.
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“Triste ao saber do falecimento do lendário Charlie Munger. Embora sua discussão sobre ‘febezzle’ certamente não seja o que Charlie era mais conhecido, eu sempre achei que era ilustrativo de sua perspicácia e sagacidade”.
Munger cunhou o termo “febezzle” para representar práticas equivocadas de gestão de investimentos que poderiam ocorrer por muito mais tempo do que fraudes diretas. A palavra é derivada de “bezzle”, expressão de John Kenneth Galbraith, consagrado economista norte-americano.
John LeFevre, ex-banqueiro de investimentos do Salomon Brothers e do Citigroup, foi outro que relembrou as lições marcantes do megainvestidor. “A fórmula de Charlie Munger para o sucesso é simples e perfeita: gaste menos do que ganhe, invista com prudência, evite pessoas e atividades tóxicas, adie a gratificação, nunca pare de aprender”, elencou em publicação no X.
Nomes do mercado brasileiro também comentaram a morte de Munger. Tiago Reis, fundador da Suno Research, destacou em postagem nas redes sociais como aprendeu com o megainvestidor, que nomeou como “gênio”. Um dos ensinamentos foi sobre a importância da margem de segurança. “Você só deve investir em um ativo se ele estiver valendo menos do que deveria valer. Precificação é difícil de fazer, mas se você colocar as premissas você chega no valuation correto”, destacou.
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