O bitcoin é a maior criptomoeda em valor de mercado (Foto: Adobe Stock)
O bitcoin hoje fica no ‘zero a zero’ após o Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos (EUA) decidir pelo bloqueio das tarifas fixas, recíprocas e relacionadas ao fentanil impostas pelo presidente americano, Donald Trump, ao longo do seu mandato. Enquanto os mercados acionários, como os futuros de Wall Street e bolsas da Ásia, reagem com fôlego à notícia, o BTC vai na direção contrária e fica estável nas negociações desta quinta-feira (29).
Às 8h20 (de Brasília), a maior criptomoeda em valor de mercado acumulou um leve recuo de 0,08%, sendo negociada a US$ 108,8 mil, segundo dados do CoinMarketCap. No mesmo horário, os índices futuros do S&P 500 e Nasdaq sobem 1,02% e 1,47%, respectivamente. Na Ásia, onde os mercados encerram suas negociações na madrugada, o índice sul-coreano Kospi avançou 1,89% em Seul, a 2.720,64 pontos, enquanto o Nikkei subiu 1,88% em Tóquio, a 38.432,98 pontos, e o Hang Seng garantiu alta de 1,35% em Hong Kong, a 23.573,38 pontos. Veja os detalhes nesta reportagem.
André Franco, analista de investimentos cripto e CEO da Boost Research, avalia que o comportamento do bitcoin reflete a perda momentânea da atratividade como reserva alternativa diante do fortalecimento do dólar. “Ainda assim, a tendência de curto prazo se torna levemente positiva, impulsionada pelo alívio nos mercados tradicionais e por um apetite momentâneo por ativos de risco”, diz Franco.
Apesar do fraco desempenho, o BTC permanece em um patamar privilegiado ao ser negociado próximo da sua última máxima histórica, conquistada há uma semana quando rompeu a barreira dos US$ 111 mil. Essa guinada do ativo digital aconteceu em decorrência do alívio das tensões comerciais após o acordo entre os Estados Unidos e China sobre as tarifas de importação e também pelo fluxo de capital dos investidores institucionais em direção aos ETFs de bitcoin à vista.
Em maio, os fundos de índice registram, até o momento, uma entrada líquida de US$ 6,2 bilhões, segundo os dados mais recentes da SosoValue, plataforma de dados de criptomoedas. “O mercado sabe que o BTC não só bateu a máxima histórica, como sofreu uma correção menos de 5% no período. Isso deixa um sinal amarelo ligado, já que uma realização de lucros mais extensa ainda pode acontecer”, avalia Beto Fernandes, analista da Foxbit.