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- Rodrigo Monteiro, diretor executivo da Associação Brasileira de Criptoeconomia (Cripto), diz que é uma pena que o presidente da única bolsa brasileira desconheça como funciona o mercado de ativos digitais
O CEO da B3 (B3SA3), Gilberto Finkelsztain, criticou as corretoras de criptomoedas e negou que essas empresas façam um trabalho parecido com o de uma bolsa de valores como a B3.
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“Elas, na verdade, são corretoras de criptomoedas, que não têm absolutamente nenhuma regulação. O custo de operação é muito mais alto e a proteção para o investidor é muito menor”, disse o executivo em entrevista para o portal Seu Dinheiro.
Na visão do CEO, os ETFs de criptomoedas são uma opção mais viável para o investidor que deseja se expor aos ativos digitais. “A gente está trazendo vários produtos de cripto para dentro da B3. Já temos mais de 160 mil investidores nos cinco ETFs, e estamos estudando o lançamento de derivativos de criptomoedas”, diz Finkelsztain.
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Apesar das ressalvas, o executivo enxerga com bons olhos a tokenização de ativos, que nada mais é que transformar um ativo real em um digital, fragmentado ou não em unidades criptografadas, conhecidas como tokens.
“Comprar o token de um ativo que não é digital, como uma obra de arte, um imóvel ou um carro, é interessante e é algo que a B3 tem que olhar,” disse o CEO. Porém, o executivo informa que não acha interessante explorar o token de ações, porque é algo que já existe.
Em resposta, Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, que passou dez anos como executivo da B3, conta que essa fala sobre regulação parece mais uma tentativa de controlar o mercado com base em regras antigas do que uma genuína preocupação com o mercado e com os investidores.
“É previsível, porém, que vá defender normas que obriguem que a tokenização siga os regulamentos da bolsa. Por outro lado, é bom ver mais um incumbente que sempre foi crítico ao bitcoin, às startups-cripto e ao ecossistema, se dobrar à inovação”, diz Rabelo.
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Rodrigo Monteiro, diretor executivo da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), diz que é uma pena que o presidente da única bolsa brasileira desconheça como funciona o mercado de ativos digitais.
“Não apenas não concordamos com a fala sobre a falta de regulação de criptomoedas no Brasil, como consideramos rasos os argumentos para afirmar que o setor é ‘perigoso’ aos consumidores. De fato, não há, ainda, uma legislação própria para o setor de criptoeconomia, mas existe todo um arcabouço normativo de abrangência, para garantir a proteção ao consumidor e a prevenção à lavagem de dinheiro”, diz Monteiro.