O que este conteúdo fez por você?
- A possibilidade de receber parte do valor gasto em compras de volta, o cashback, tem atraído cada vez mais pessoas
- O uso desenfreado dessa ferramenta, porém, pode acabar gerando mais dívidas do que benefícios
- Para evitar isso, é importante estar atento aos termos e condições do aplicativo escolhido, evitar compras desnecessárias, ficas de olho em taxas ocultas, tomar cuidado com dívidas no cartão de crédito e evitar fraudes
Apesar de existirem desde a década de 90 nos Estados Unidos, as plataformas de “cashbak” (dinheiro de volta, em tradução livre) começaram a se popularizar no Brasil somente em meados de 2010. A proposta dessas companhias está fundamentada em devolver aos consumidores um porcentual do dinheiro gasto na compra de produtos ou serviços – e, assim, conseguir a fidelização da clientela.
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Para conseguir participar dos programas de cashback, o interessado deve baixar o aplicativos ou se cadastrar no site da companhia que trabalha com esse modelo de negócios, como Méliuz (CASH3), Ame Digital ou Pagbank. O segundo passo consiste em identificar as lojas conveniadas e fazer a compra. Cada produto tem um porcentual de reembolso diferente, que pode variar de plataforma para plataforma.
Por exemplo, se o cliente adquire um produto no valor de R$ 200 utilizando um app que libera um cashback de 10%, o valor recebido de volta será de R$ 20. Existem ainda opções de cartões de crédito que oferecem uma parcela do dinheiro de volta em algumas compras, seguindo, normalmente, critérios relacionados ao valor da fatura. Isto é, quanto maior o valor dos gastos, maior é a possibilidade de “dinheiro de volta”.
Contudo, é necessário atenção para detalhes que fazem toda a diferença na hora de escolher o programa de recompensa. Em primeiro lugar, nem sempre o reembolso é feito por meio de depósitos em carteira digital, cujo capital pode ser transferido para outra conta ou sacado.
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Esta devolução pode ser realizada de outras formas, nem sempre muito vantajosas, como em créditos para uma próxima compra. Outro fator de atenção é que, em algumas plataformas, existe um valor mínimo para que o resgate seja feito ou taxas mensais para aderir aos programas de recompensa. E tudo isso deve ser pesado pelo consumidor.
“Nem todas as compras são igualmente vantajosas em termos de cashback. É preciso estar sempre atento às condições dos aplicativos, como taxas de adesão e regras de resgate”, afirma Carol Stange, educadora em finanças pessoais.
Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças, ressalta que cashbacks são uma ótima maneira de economizar dinheiro no dia a dia, mas o desafio está em selecionar o aplicativo com os melhores benefícios.
“Para escolher os melhores aplicativos, o cliente deve buscar por opções que tenham parcerias com lojas que ele deseja e ou tem costume de comprar. Outra opção também será identificar novas opções que tragam mais benefícios ou ‘novos benefícios’, como geração de pontos em multiplataformas, que fazem as trocas desses pontos por dinheiro”, afirma o especialista.
Uso inteligente
Para aproveitar os benefícios que os apps disponibilizam, os especialistas Stange e Glaciano elencaram dicas para o uso inteligente das plataformas de cashback.
1 – Escolha a plataforma certa
Pesquise entre as plataformas aquelas que são conveniadas a lojas que são rotineiramente utilizadas por você. Compare os porcentuais de cashback praticados em cada aplicativo e fique de olho em como funciona o recebimento dos valores.
2 – Evite compras desnecessárias
Alguns consumidores podem ficar tentados a comprar itens que não precisam apenas para receber o cashback. Isso pode levar a gastos excessivos e dificultar o alcance das metas financeiras. “Gastar apenas para obter descontos e dinheiro de volta com o cashback é uma grande armadilha”, afirma Stange.
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Glaciano compartilha da mesma visão. “O objetivo é economizar, então não compre algo só porque tem cashback, lembre que este este benefício deve ser utilizado quando compramos algo que precisa ser comprado”, diz.
3 – Fique atento a taxas ocultas
Alguns programas de cashback podem ter taxas ocultas ou limitações que reduzem o valor do cashback que o cliente recebe. É importante ler os termos e condições cuidadosamente para entender todas as regras do programa
4 – Cuidado com dívidas
Quando o consumidor usa um cartão de crédito para obter cashback ele precisa lembrar que os juros podem ser altos caso não pague o saldo total a cada mês. Organização financeira é fundamental.
5 – Se proteja contra fraudes
Alguns aplicativos de cashback podem ser fraudulentos e roubar informações pessoais ou financeiras. Certifique-se de escolher um aplicativo confiável lendo comentários e pesquisando sobre o histórico do aplicativo.
“Tenha cuidado e avalie se o aplicativo ou site é legítimo e tem boas críticas e, sempre que possível, leia os termos e condições para entender completamente como o cashback será pago”, diz Glaciano.