- Criminosos roubam celulares para invadir os aplicativos bancários e limpar as contas da vítima
- Apesar de ser difícil garantir que os aplicativos fiquem 100% protegidos, é possível aumentar os níveis de segurança ao máximo
Os celulares são praticamente uma extensão da vida social e financeira das pessoas. Por esses aparelhos, é possível pagar boletos, investir, realizar transferências e até pegar empréstimos. O lançamento do Pix, no ano passado, e do Whatsapp Pay ajudou a impulsionar ainda mais essa digitalização dos pagamentos.
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Entretanto, a tecnologia também abriu brecha para oportunistas. Não são raros os casos de furto de celulares para invasão dos aplicativos de bancos e o ressarcimento nem sempre é feito pelas instituições financeiras.
“Os contratos assinados com os bancos normalmente estabelecem que toda e qualquer utilização do cartão e respectiva senha são de responsabilidade do consumidor. Esta cláusula é abusiva, pois os bancos respondem de forma objetiva pelos prejuízos causados ao correntista por falhas na segurança do serviço nos termos do Código de Defesa do Consumidor”, afirma o Procon-SP no site oficial.
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“Muitas vezes as falhas exploradas tanto no Whatsapp Pay quanto no Pix, por exemplo, não são vulnerabilidades técnicas, mas vulnerabilidades do indivíduo que usa o celular. É a pessoa que fornece informações, que não confere os dados e etc”, ressalta Bordini.
Apesar de ser difícil garantir que os aplicativos fiquem 100% protegidos, é possível aumentar os níveis de segurança ao máximo. Confira as dicas de Thiago Bordini, professor e coordenador da pós-graduação em Cyber Threat Intelligence no Instituto Daryus de Ensino Superior Paulista (IDESP), para dificultar a invasão dos programas de bancos, corretoras e do Whatsapp Pay.
1. Não grave as senhas
A primeira dica é não gravar senhas no bloco de notas do celular ou deixar os aplicativos abertos com o login automático. Em caso de furto, o contraventor terá mais facilidade em encontrar essas informações caso estejam anotadas.
É importante também se atentar para os e-mails e não deixá-los abertos no celular. Por meio deles, os criminosos podem redefinir a senha de acesso aos bancos digitais e corretoras. “É prático deixar ali a sua agência ou conta salva e só ativar com a biometria, mas é um passo a frente para o ladrão, já que os dados da vítima estão cadastrados lá”, explica Bordini. “Dessa forma é só alterar a sua senha junto às instituições.”
2. Ative o PIN do chip do celular
Outra ideia é ativar o PIN do chip do celular, que é uma senha de quatro a seis dígitos. Assim, caso o criminoso tire o chip do seu smartphone e coloque em outro celular, será necessário a senha para começar a fazer ligações ou receber SMS. Essa proteção também dificulta que o golpista redefina sua senha por meio de envio de código por mensagem.
3. ‘Esconda’ os aplicativos
Existem programas que ‘escondem’ os aplicativos no celular. Isso quer dizer que esses apps ficam reunidos dentro de uma espécie de ‘gaiola’ virtual e não aparecem na tela do aparelho. “Você agrupa alguns apps, como os bancários. Então para acessar esse ‘grupo’ de apps será necessário digitar uma senha. Depois, para acessar os aplicativos dentro do grupo, será pedida outra senha”, afirma Bordini. Há programas que fazem isso tanto para Android quanto para iOS.
4. Aplicativo remoto de exclusão
Uma solução bem eficaz é a instalação de aplicativos de exclusão que funcionam remotamente. Em caso de furto, a vítima poderá solicitar a exclusão de todos os dados do celular.
“Em alguns desses sistemas, é passado um código por SMS para o aparelho, que automaticamente já inicia o processo de exclusão. Outros programas iniciam a exclusão assim que o celular é conectado à internet”, afirma Bordini.
5. No caso de roubo, avise o banco imediatamente
Em caso de furto, é importante que as instituições financeiras sejam avisadas o mais rápido possível, para que os acessos sejam bloqueados e as senhas redefinidas. “Notifique os bancos e na sequência faça a exclusão remota de dados”, conclui o especialista.
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