- Segundo o governo, poderão participar do programa apenas aqueles que possuem dívidas inscritas em cadastros de inadimplentes, fornecidos por birôs de crédito (como Serasa e SPC) até o dia 31 de dezembro de 2022
Começa nesta segunda-feira (17) o programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil, uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma das apostas do governo para acelerar o crescimento econômico.
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A estimativa do Ministério da Fazenda é que cerca de 30 milhões de brasileiros sejam beneficiados na primeira etapa do programa.
Segundo o governo, poderão participar do programa apenas aqueles que possuem dívidas inscritas em cadastros de inadimplentes, fornecidos por birôs de crédito (como Serasa e SPC) até o dia 31 de dezembro de 2022. As pessoas com dívidas de até R$ 100 serão desnegativadas pelos bancos e poderão voltar a pegar crédito ou fazer contrato de aluguel, caso não tenham outras dívidas negativas. A operação prevê beneficiar cerca de 1,5 milhão de pessoas.
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Além disso, o Desenrola Brasil vai permitir aos brasileiros com renda mensal igual ou inferior a dois salários mínimos (R$ 2.640 hoje) ou inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com dívidas até R$ 5 mil renegociarem os débitos em aberto com taxas de juros de até 1,99% ao mês.
“A taxa de juros é muito menor do que os brasileiros podem encontrar no mercado. Outro ponto interessante é o devedor tentar um desconto na dívida durante a negociação”, diz Fernando Bueno, especialista em investimentos da Ágora. No entanto, ele traz alguns alertas às pessoas que buscam regularizar a sua situação financeira.
O primeiro deles é buscar encontrar uma parcela que esteja compatível à sua realidade financeira. “Não adianta entrar em renegociação que a pessoa não consiga pagar para que não vire outra bola de neve”, diz Bueno. O momento também deve ser uma oportunidade para mudar de hábitos com o intuito de evitar criar novas dívidas. “As pessoas podem utilizar a técnica do 50, 30 e 20”, recomenda. O método consiste em destinar 50% dos recursos para o pagamento de dívidas essenciais, 30% para os gastos variáveis e 20% para a construção da reserva de emergência.