Educação Financeira

Imposto de Renda 2024: conheça 6 investimentos isentos de tributação

Há títulos que podem ajudar a manter a rentabilidade da carteira acima de 1% ao mês

Imposto de Renda 2024: conheça 6 investimentos isentos de tributação
Imposto de Renda. Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil

Imposto de Renda 2024 vai começar oficialmente no dia 15 de março. A entrega da declaração considera todos os rendimentos que o contribuinte teve ao longo do ano anterior, como o recebimento de aluguel, indenização trabalhista, venda de imóvel, herança, entre outros. É preciso somar todos esses rendimentos e tirar do total eventuais deduções.

Há no mercado, porém, alguns investimentos que se destacam pelo fato da isenção do IR, mantendo uma boa performance sem ter uma parte do seu rendimento “mordido” pelo leão. De acordo com o especialista em investimentos e finanças pessoais, Renan Diego, esses investimentos atraem pessoas de diferentes perfis por conta da maximização dos ganhos e diversificação do portfólio, já que elas não perdem nada do valor investido.

Há títulos isentos de IR que podem ajudar a manter a rentabilidade da carteira acima de 1% ao mês. Veja as sugestões do educador financeiro:

  • Letras de Crédito Imobiliário (LCI)
  • Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)
  • Debêntures Incentivadas
  • Certificado de Recebível imobiliário (CRI)
  • Certificado de Recebível do Agronegócio (CRA)
  • Rendimentos de Fundos Imobiliários (FII)

Além da isenção, algumas aplicações podem ter liquidez diária e a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), como nos LCIs e LCAs.

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Para declarar os investimentos, o contribuinte do IR deve informar no espaço “Bens e Direitos” o Informe de Rendimentos das aplicações de renda fixa, documento fornecido obrigatoriamente por toda instituição financeira.

Já na renda variável, o controle desses investimentos é responsabilidade do investidor e, nesses casos, a recomendação é que se tenha um contador para acompanhar a entrega dos documentos.

Mudanças do governo podem afetar os investimentos?

Recentemente, o governo federal decidiu, via Conselho Monetário Nacional (CMN), fechar as brechas que permitiam a emissão de cinco classes de títulos da renda fixa com isenção do imposto. Vale ressaltar, no entanto, que a isenção dos rendimentos não foi alterada.

Com a novidade, LCI e LCA, que tinham carência de 90 dias e depois poderiam entrar com liquidez diária, possuem agora prazo mínimo de carência de 12 meses (LCIs) e 9 meses (LCAs). Segundo o especialista, essa alteração acaba atrapalhando o investimento de pessoas que têm pouco dinheiro e querem investir a curto prazo.

O governo também restringiu a quantidade de emissões desses ativos, logo, isso diminui a quantidade de ativos disponíveis e as taxas tendem a diminuir e ficar mais conservadoras, e a rentabilidade tende a ficar menor. Diego reforça que a medida afasta os investidores da renda fixa, pois eles são atrelados ao CDI, que têm a taxa Selic como referência. Como o mercado já projeta a queda da taxa até o fim deste ano, a perspectiva não anima os investidores.

No final do ano, a expectativa é de que o BC delimite a Selic entre 8% e 9%, esse quadro deve levar as taxas a caírem, impactando diretamente no valor recebido pelo investidor da renda fixa. “Isso deve fazer com que os investidores recorram a Bolsa de Valores, principalmente em fundos imobiliários, que são isentos de Imposto de Renda”, diz.

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