O Certificado de Depósito Interbancário (CDI) é uma taxa – também conhecida como taxa DI – com lastro em operações realizadas entre instituições bancárias. Ou seja, são títulos que as instituições financeiras emitem com o objetivo de transferir seus recursos para outra instituição – funcionando como um empréstimo entre bancos.
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Essa taxa existe devido à exigência do Banco Central para que os bancos encerrem o expediente com o caixa no azul, ou seja, com mais dinheiro entrando do que saindo. Em caso de saldo negativo, os bancos realizam empréstimos para cobrir essa diferença.
Como os valores vêm de outros bancos e recebem juros por transação, estes juros são calculados pela taxa CDI – por isso, ele é classificado como uma taxa de juros do mercado financeiro. Sua principal função é acompanhar a variação da taxa Selic – a taxa básica de juros da economia – e representar as condições de liquidez do mercado.
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Ele também é um referencial para o rendimento de investimentos de renda fixa, como o Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letra de Câmbio Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA).
Essas opções de títulos privados variam com uma porcentagem do índice e podem ultrapassar 100% do CDI. Para efeito de comparação, a poupança, que é um dos investimentos mais populares do país, rende 70% da taxa Selic, o que significa que ela é menos rentável investir em aplicações que pagam baseado no índice do CDI.
Render 100% do CDI significa que o dinheiro investido vai render a mesma quantidade que a taxa durante o período de aplicação, no entanto, é necessário estar ciente de que, caso a taxa sofra variação, o valor da remuneração também irá variar de acordo com essa alteração. Vale lembrar que analisar com cuidado os investimentos baseados nessa taxa é muito importante, pois nem sempre as maiores porcentagens da taxa terão como resultado os melhores rendimentos.