- Tesouro Direto é um dos investimentos mais seguros para o investidor
- Qualquer pessoa física pode comprar papéis do governo a partir de R$ 30
- Estes ativos de renda fixa se dividem em três grupos distintos: prefixado, pós-fixado e híbrido
- Veja o passo a passo de como investir no Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa do governo federal que facilita a negociação de títulos públicos. Qualquer pessoa física pode comprar papéis do governo pela internet com valores a partir de R$ 30.
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Na prática, o investidor empresta dinheiro ao Tesouro Nacional – órgão responsável pela gestão da dívida pública – para depois resgatar o valor acrescido de juros.
Uma das características deste investimento é o baixo risco. É um dos mais seguros do mercado. Seja qual for o tipo de título público adquirido o retorno é praticamente certo. “Praticamente” porque todo investimento tem algum tipo de risco. Mas o governo brasileiro tem histórico de bom pagador, já que nunca deu calote na dívida interna. Ou seja, sempre pagou seus credores do Tesouro Direto.
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Muitos acreditam que o Tesouro Direto é procurado apenas por iniciantes e pelos mais conservadores. Mas na realidade ele está presente na carteira de investidores de todos os perfis por ser uma bela ferramenta de diversificação.
Tipos de títulos públicos
Agora, vamos ver quais são os tipos de títulos públicos e quais suas diferenças. Em primeiro lugar, esses ativos de renda fixa se dividem em três grupos: prefixado, pós-fixado e híbrido.
Como o nome sugere, nos papéis prefixados, o investidor sabe exatamente quanto receberá lá na frente, desde que só realize o resgate no vencimento.
Nos pós-fixados, você é apresentado aos critérios de remuneração, mas só saberá o valor do retorno no fim, já que o indexador utilizado pode variar.
Já nos títulos híbridos, uma parte do retorno é determinada na contratação e outra fica vinculada à inflação do período.
Tesouro Prefixado (LTN): Com esse título, há uma taxa contratada. Resgatando no vencimento, você receberá exatamente o valor acordado. Se por algum motivo for necessário retirar antes do prazo, o retorno vai variar, podendo ser menor que o esperado ou até maior, dependendo das expectativas para os juros.
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Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F): Nesse caso, você também sabe qual será a remuneração ao final. A diferença é que de seis em seis meses há o pagamento dos juros devidos (cupom) até cada data. O lado bom é que o investidor tem um fluxo de caixa sem precisar se livrar dos papéis, mas, ao mesmo tempo, não é possível se beneficiar da tabela regressiva que chega a 15% para aplicações resgatadas ao fim do prazo. O cupom tem desconto de 22,5%.
Tesouro Selic (LFT): Este é um dos títulos mais comuns por proporcionar maior segurança ao investidor. Ele segue a variação da Selic, a taxa básica de juros da economia, definida pelo Banco Central a cada 45 dias. A remuneração é sempre positiva e o resgate só pode ser feito no vencimento do título.
Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal): Este título da categoria híbrida assegura que o investidor não perderá ao longo do tempo. Isto porque, além da taxa contratada para remuneração no resgate, os papéis também acompanham a variação da inflação. Ou seja, ele retorna o valor ajustado pelo IPCA do período somado à taxa contratada
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B): Também híbrido, este papel tem a mesma lógica do Tesouro IPCA+, com parte vinculada à variação da inflação e outra à taxa pré-determinada. A diferença é que aqui o investidor recebe juros do rendimento a cada seis meses. O desconto no Imposto de Renda será de 22,5% no primeiro pagamento, caindo para 15% após 720 dias.
Como investir e como funciona o Tesouro Direto?
O primeiro passo para investir no Tesouro Direto é abrir uma conta em um dos bancos ou corretoras habilitados no programa. Por meio destas instituições, você conhece melhor seu perfil de investidor e decide quanto e como quer investir.
Em um banco, basta você ter o dinheiro disponível em conta para a operação. Com uma corretora, é preciso transferir o valor do investimento. É possível realizar a aplicação por plataformas na internet e acompanhar os rendimentos, taxas cobrados e os detalhes do investimento.
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Uma dica importante é ficar atento às taxas de administração das instituições financeiras contratadas. Algumas oferecem taxa zero para aplicações no Tesouro Direto.
Outro detalhe: não se esqueça de incluir o investimento na declaração de Imposto de Renda. O pagamento é feito no resgate antecipado do título ou no vencimento.