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Educação Financeira

O que não fazer com o cartão de crédito em tempos de crise

É preciso controlar o próprio orçamento

O que não fazer com o cartão de crédito em tempos de crise
Se você é empreendedor, veja o passo a passo para solicitar o seu. Foto: Thiago Teixeira/Estadão
  • Cartão de crédito deve ser usado só para as compras necessárias
  • Não use o limite do cartão como renda extra
  • 48% dos brasileiros não controlam o próprio orçamento

(Valéria Bretas, E-Investidor) – Com o agravamento da situação econômica na pandemia, os cinco maiores bancos do País anunciaram um pacote de medidas para prorrogar os vencimentos das dívidas para pessoas físicas e jurídicas.

cartão de crédito, no entanto, foi uma modalidade não contemplada pelo benefício e tem sido apontado como um possível vilão no momento de crise.

Nesse cenário, é necessário redobrar o cuidado com o planejamento financeiro. “O cartão de crédito pode ser um instrumento poderoso para fugir de uma situação desfavorável”, diz o presidente da Visa do Brasil, Fernando Teles.

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Isso não quer dizer que você deve deixar todos os pagamentos a prazo.

Desde que não seja usado em excesso, o cartão de crédito pode servir como um aliado na hora de fazer o planejamento financeiro, pois permite gerenciar o fluxo de caixa e ganhar um prazo maior no pagamento das contas. “A população tem que usar isso ao seu benefício”, diz o executivo.

Para não cair no descontrole, o E-Investidor listou cinco dicas do que não fazer com o cartão de crédito. Confira abaixo:

5 dicas para usar o cartão de crédito

1 – Deixe o cartão para as compras essenciais

Não há dúvida que a função crédito tem uma série de vantagens, como parcelar compras de valor mais alto sem acréscimo de jurosacumular milhas e empurrar o pagamento dos gastos para o dia de receber o salário.

No entanto, diante de um momento de incerteza na economia, a recomendação é evitar gastos desnecessários.

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“Em período de crise, o primeiro passo é ajustar o padrão de vida”, diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. “O isolamento social pode fazer as pessoas perderem um pouco o controle com as compras na internet. Essa é a receita para dar tudo errado.”

Por ora, a orientação da economista é deixar o cartão na gaveta e só usar a função crédito para as compras realmente necessárias, como remédios, supermercado e itens de higiene.

2 – Acompanhe o extrato

Em tempos de vacas magras, organização é tudo. Aproveite os dias em casa para acompanhar o extrato do cartão de crédito no site do banco ou no aplicativo do celular.

A vantagem de fazer essa consulta com mais frequência é ter mais controle das compras, consultar o limite e ter previsibilidade das despesas dos próximos meses.

Vale lembrar que já existem uma série de aplicativos que podem te ajudar com a organização das finanças e saber exatamente o valor disponível para os gastos do próximo mês.

3 – Evite gastos extras usando o limite do cartão

O limite do cartão é o crédito que o banco disponibiliza para o cliente usar durante um determinado período.

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Muitas vezes, o valor não é compatível com a renda mensal, então ele não deve ser interpretado como uma extensão do seu salário.

Nos últimos dias, algumas instituições financeiras começaram a ampliar o limite do cartão para os clientes adimplentes. Mas aproveitar a medida para aumentar os gastos exige cuidado e coerência.

“Agora as pessoas precisam ter ainda mais responsabilidade ao usar os instrumentos financeiros”, diz o CEO da Mastercard no Brasil e no Cone Sul, João Pedro Paro Neto. “As compras que você faz têm que andar de acordo com a capacidade de pagamento, e não com o limite.”

É sempre bom lembrar que, se você estourar o limite do cartão de crédito, os bancos podem bloquear as compras ou cobrar juros altos.

4 – Não atrase o pagamento

Mesmo em crise, os boletos não deixam de chegar. Observe se todas as contas estão em dia – principalmente a do cartão de crédito. Afinal, atrasar esse pagamento significa ficar refém dos juros altos.

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“Evite ao máximo pagar a fatura com atraso. Se isso acontecer, fuja do pagamento mínimo, pois também ficará enforcado com os juros do crédito rotativo,” alerta Marcela.

De acordo com o Banco Central, o juro médio do rotativo do cartão é de 316,6% ao ano – uma das taxas mais elevadas do BC.

5 – Ficou sem caixa? Fuja do parcelamento de fatura

A economista-chefe do SPC Brasil explica que, se o dinheiro acabar, o ideal é não recorrer logo de cara aos juros do parcelamento da fatura.

“Se a situação apertar e for extremamente necessário, a melhor sugestão é ir ao banco e recorrer ao empréstimo pessoal”, diz Marcela.

A economista alerta para evitar ao máximo esse tipo de transação. Mas, se não há uma reserva financeira para sobreviver na crise, os juros do crédito pessoal ainda são mais vantajosos em relação aos do parcelamento do cartão.

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