• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Educação Financeira

O dragão da inflação voltou. Por que tudo ficou tão caro?

Inflação medida pelo IPCA saltou 10,6% entre janeiro e dezembro

Por Jenne Andrade

13/01/2022 | 3:04 Atualização: 13/01/2022 | 10:14

Inflação é fenômeno global, mas problemas internos agravaram o cenário no Brasil. Foto: Pixabay
Inflação é fenômeno global, mas problemas internos agravaram o cenário no Brasil. Foto: Pixabay

O ano de 2021 foi marcado pela escalada da inflação, nome dado ao aumento contínuo e generalizado dos preços dentro de uma economia. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que considera a variação de produtos e serviços, acumulou uma alta de 10,06% no período, a maior alta desde 2015. Já o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), conhecido como ‘inflação do aluguel’, saltou 17,78%.

Leia mais:
  • As notícias que deram o que falar no E-Investidor em 2021
  • Conheça a trader ‘obcecada com a inflação’
  • Tudo o que você precisa saber sobre a inflação do aluguel
Newsletter

Não perca as nossas newsletters!

Selecione a(s) news(s) que deseja receber:

Estou de acordo com a Política de Privacidade do Estadão, com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Em outras palavras, o brasileiro viu o poder de compra minguar ao longo dos 12 meses de 2021. Encher o carrinho do mercado se tornou uma tarefa cada vez mais custosa – e a parcela mais vulnerável é a que mais sofre com essa situação.

As longas filas em açougues para doação de ossos não foram cenas raras de se ver. De acordo com o IBGE, até novembro as carnes subiram em média 6,98%. Os embutidos, como salsichas e linguiças, subiram 9,52%, e aves e ovos aumentaram em 23,38% – mas foram apenas os alimentos que encareceram de forma considerável.

Publicidade

Conteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Os preços dos combustíveis de veículos subiram 50,43% de janeiro a novembro e a conta de luz ganhou uma nova bandeira tarifária. Em média, a energia elétrica residencial subiu 20,6%. Esta conjuntura intrigou muitos brasileiros e levantou a questão: por que tudo ficou tão caro em 2021? E o que vai ser de 2022?

Fenômeno global

O primeiro passo é entender que a inflação foi um fenômeno que aconteceu em escala global. O início da crise do coronavírus fez diversas economias pararem e, por consequência, as indústrias reduziram suas capacidades de produção. Entretanto, a retomada do consumo veio mais rápido que o esperado, o que gerou um descompasse entre a oferta e a demanda.

Isso significa que houve mais pessoas querendo comprar, do que produtos disponíveis. “As pessoas ficaram em casa, a demanda para muitos produtos caiu, as fábricas ficaram fechadas, então a produção também caiu. A partir do 2º trimestre de 2020, muitos dos lockdowns começaram a ser liberados, as fábricas reabriram e as pessoas voltaram a consumir”, afirma Andrey Nousi, CFA e CEO da Nousi, Empresa de Consultoria e Educação financeira.

Fora a volta do consumo, os governos começaram a injetar liquidez nos mercados, ou seja, emitir dinheiro para impulsionar a economia. “Vimos uma explosão na demanda em vários segmentos. Essa explosão foi muito maior do que as cadeias produtivas conseguiram alocar”, explica Nousi. “E quando se tem mais demanda que oferta, os preços das coisas sobem.”

Foi justamente o que aconteceu com os carros novos, cujos preços deram um salto devido à escassez de semicondutores (matéria utilizada na fabricação de veículos e aparelhos eletrônicos). As commodities também passaram a ser negociadas no exterior a preços elevados devido às quebras nas cadeias de produção, ocasionadas pela forte desaceleração das economias no início da pandemia, seguida por uma intensa retomada.

Publicidade

De acordo com Alberto Ajzental, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os quatro principais grupos que mais subiram devido ao descasamento nas cadeias produtivas foram o petróleo e derivados, as proteínas, principalmente porco e aves, grãos (milho, soja e trigo) e metais.

Lembrando que o petróleo é a base para combustíveis, os grãos são utilizados nas mais diversas formas de alimentos, além de também serem utilizados em rações, e os metais são amplamente utilizados em construções. “Esse movimento primeiro foi capturado pelo IGP-M, que mede atividade econômica. Depois, com três meses de defasem, passou para o INCC (de construção civil). Por último, foi apontado no IPCA”, afirma Ajzental.

Essa também é a visão de Mario Goulart, analista da O2Research. “Para se ter uma ideia, antes do coronavírus um frete de um container da China para o Brasil custava em torno de US$ 1,8 mil. Hoje, há casos em que esse frete está sendo cobrado chega a US$ 10 mil”, explica.

Brasil se destaca negativamente

Apesar de o aumento generalizado de preços ter sido visto no mundo todo, por aqui o cenário foi mais grave. O IPCA acumulado de 10,06% em 12 meses, garante ao Brasil o título de terceira pior inflação entre as 20 maiores economias do mundo.

De acordo com a Trading Economics, apenas Turquia (21,31%) e Argentina (51,2%) registram inflações maiores no período. Na visão de Ajzental, o primeiro ponto foi a crise hídrica que atingiu o País em 2021.

Publicidade

“A energia ficou mais cara por questão climática, por falta suficiente de chuva. As represas estavam mais vazias, e nossa matriz energética é basicamente hidrelétrica. Tiveram que ser ligadas termelétricas que utilizam commodities, como gás natural e petróleo, que subiram de preço”, afirma. “E a inflação de energia elétrica contamina todos os itens, toda a cadeia.”

Outro fator é que o real se desvalorizou expressivamente frente ao dólar. No ano, a moeda americana subiu 7,4%, a R$ 5,69. “O problema do Brasil é que temos uma crise política enorme e não temos instituições tão fortes e tão boas. O ambiente político está péssimo, e isso contamina o ambiente econômico. A falta de uma liderança clara, previsível, inteligente, faz com que a percepção interna e externa em relação ao ambiente economia se deteriore muito”, ressalta Ajzental.

De acordo com o professor da FGV, se o Brasil fosse um país ‘bom’ para negócios, entrariam cerca de US$ 80 bilhões a US$ 90 bilhões anualmente de investimento externo. Segundo dados do Banco Central, de janeiro a novembro de 2021 entraram R$ 34 bilhões de investimentos diretos no País.

“O Brasil não demonstra confiança para ter investimento. Uma das razões para o real estar tão desvalorizado, é que não está entrando a quantidade suficiente de dólar. Nenhuma reforma foi aprovada, nada andou, o País está parado”, explica Ajzental. “Isso piora o quadro da inflação, porque as commodities são comercializadas em dólar, e ficaram mais caras para todo mundo. E para piorar, com o real tão desvalorizado, essas commodities ficaram ainda mais caras para nós.”

Publicidade

A desconfiança em relação ao governo brasileiro também é um ponto levantado por Goulart. “Teve toda essa questão da crise dos precatórios, porque o pessoal olha e pensa que o país não vai conseguir fechar as contas no azul”, afirma.

E em 2022?

Para 2022, a expectativa é que haja algum alívio na inflação. Ainda assim, os preços devem se manter em um patamar mais alto do que o observado antes da pandemia. “A tendência é de estabilização, ou seja, daqui para frente os preços devem continuar subindo entre 3% e 5% ao ano em vez de 10% ao ano como atualmente”, explica Leandro Vasconcellos, head da mesa de alocação alta renda e sócio da BRA.

As eleições presidenciais programadas para outubro também devem tornar a conjuntura mais instável. Para Goulart, da O2Resarch, os dois principais candidatos (Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva) estão trazendo propostas populistas, que desagradam o mercado e podem estressar as curvas de juros.

“O Lula fala abertamente em acabar com o teto de gastos, e o Bolsonaro também. Isso vai causar desconforto nos agentes econômicos, podemos prever um ano difícil. Eu trabalho com um cenário de dólar pressionado”, ressalta. “Espero que a vida real se mostre totalmente diferente, mas o que eu vejo é um cenário difícil.”

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Conteúdo E-Investidor
  • Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)
  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
  • Inflação
Cotações
24/11/2025 16h42 (delay 15min)
Câmbio
24/11/2025 16h42 (delay 15min)

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Nova sala VIP em Congonhas investe R$ 38 milhões para oferecer experiências a executivos e passageiros com filhos

  • 2

    Qual é o melhor sistema de financiamento para você investir em imóveis?

  • 3

    Entenda o que mudou no saque-aniversário do FGTS

  • 4

    Black Friday 2025 tem cursos de línguas a finanças pessoais: veja formações para impulsionar sua carreira

  • 5

    Dólar tem correção após avanço nas negociações entre Rússia e Ucrânia

Publicidade

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Quem pode aderir ao ressarcimento de descontos indevidos do INSS?
Logo E-Investidor
Quem pode aderir ao ressarcimento de descontos indevidos do INSS?
Imagem principal sobre o Mega da Virada 2025: saiba quando começam as vendas exclusivas
Logo E-Investidor
Mega da Virada 2025: saiba quando começam as vendas exclusivas
Imagem principal sobre o INSS: veja prazo para aposentados sacarem benefício com o cartão previdenciário
Logo E-Investidor
INSS: veja prazo para aposentados sacarem benefício com o cartão previdenciário
Imagem principal sobre o O que fazer se o pagamento do 13º salário atrasar? Entenda
Logo E-Investidor
O que fazer se o pagamento do 13º salário atrasar? Entenda
Imagem principal sobre o Mega da Virada 2025: por que o prêmio chegou a valor quase bilionário?
Logo E-Investidor
Mega da Virada 2025: por que o prêmio chegou a valor quase bilionário?
Imagem principal sobre o Ainda vale investir durante a aposentadoria?
Logo E-Investidor
Ainda vale investir durante a aposentadoria?
Imagem principal sobre o Loteria Federal mudou de horário! Veja quando sai os bilhetes
Logo E-Investidor
Loteria Federal mudou de horário! Veja quando sai os bilhetes
Imagem principal sobre o FGTS: veja documentos necessários para fazer saque em Rio Bonito do Iguaçu
Logo E-Investidor
FGTS: veja documentos necessários para fazer saque em Rio Bonito do Iguaçu
Últimas: Educação Financeira
Entenda o que mudou no saque-aniversário do FGTS
Educação Financeira
Entenda o que mudou no saque-aniversário do FGTS

Novas regras entraram em vigor este mês, impondo limites de valores e operações

23/11/2025 | 12h00 | Por Bárbara Ferreira
Black Friday 2025 tem cursos de línguas a finanças pessoais: veja formações para impulsionar sua carreira
Educação Financeira
Black Friday 2025 tem cursos de línguas a finanças pessoais: veja formações para impulsionar sua carreira

Descontos em plataformas de ensino e escolas de negócios digitais prometem preços acessíveis

23/11/2025 | 05h30 | Por Luísa Giraldo
Esquenta Black Friday 2025: Granado, iPhone e roupas em promoção; veja ofertas
Educação Financeira
Esquenta Black Friday 2025: Granado, iPhone e roupas em promoção; veja ofertas

Varejistas antecipam promoções e oferecem cortes de até 70% em eletrônicos, moda, cosméticos e cursos; veja como aproveitar as ofertas e evitar golpes

20/11/2025 | 05h30 | Por Guilherme Siqueira
Na fila do FGC? Propostas para antecipar recebimento de CDBs do Master podem ser golpe
Educação Financeira
Na fila do FGC? Propostas para antecipar recebimento de CDBs do Master podem ser golpe

Circulam nas redes sociais promessas de 'solução de liquidez' para afetados pelo Master; FGC não permite esse tipo de intermediação e especialistas dizem que é preciso redobrar cuidado

19/11/2025 | 13h10 | Por Luíza Lanza

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador