- Sabesp anuncia que conta de água vai aumentar 6,44% a partir de 10 de maio
- Veja dicas para se organizar financeiramente em 2024
Uma série de aumentos nos preços dos serviços essenciais deve ocorrer nos próximos meses, e nos próximos anos. Decisões governamentais devem encarecer contas de água e luz. Soma-se isso ao aumento de preços de alimentos em bebidas em janeiro e fevereiro em 2,34%, como apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e surge uma maior necessidade de se planejar financeiramente.
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A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – a Sabesp (SBSP3) – obteve autorização da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) para aplicar um aumento de 6,44% nas tarifas de água e esgoto. Esses ajustes entrarão em vigor a partir de 10 de maio. Na cidade de São Paulo, a tarifa básica, atualmente em R$ 71,7, será elevada para R$ 76,68.
O aumento dos valores ocorre em meio a um processo de privatização, que teve início em dezembro de 2023, com a sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Atualmente, uma parte significativa das ações da empresa está nas mãos de investidores privados, com uma parcela delas sendo negociada na Bolsa de Valores (B3) e outra parte na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), nos Estados Unidos. O governo de São Paulo detém a maior fatia acionária, possuindo 50,3% do controle total da empresa.
Em relação à conta de luz, um aumento de valor no longo prazo deve ocorrer por conta uma medida provisória, protocolada pela gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em cerimônia no Palácio do Planalto, a MP foi anunciada como alternativa para promover energia verde e reduzir as tarifas. Embora a expectativa seja de um alívio momentâneo entre 3,5% e 5% no curto prazo, especialistas afirmam que deve haver encarecimento para compensar os subsídios concedidos.
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Além disso, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (9) um projeto de lei complementar (PLP 233/23) que restabelece a obrigatoriedade do Seguro Obrigatório para Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT), que deve ser renomeado como Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). O texto ainda será encaminhado para o Senado.
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O projeto inclui reembolso para despesas médicas suplementares, como fisioterapia e medicamentos não disponíveis pelo SUS no município de residência da vítima, além de serviços funerários e reabilitação profissional para casos de invalidez parcial. As indenizações por morte e invalidez permanente continuarão sendo previstas. O pagamento deverá ser feito exclusivamente por crédito em conta bancária, sendo eles anuais e diretos.
Como se organizar financeiramente?
Diante desse cenário, a planejadora financeira e sócia-fundadora da The Hill Capital, Camila Mindelli, forneceu algumas dicas para o E-Investidor, a fim de auxiliar quem deseja proteger o bolso dos aumentos e conseguir pagar todas as contas.
Faça uma planilha
A especialista afirma que ao pensar em planejamento financeiro, a primeira coisa que deve ser feita é uma planilha para elencar todas as despesas, como água, luz, telefone, internet, combustível, almoço fora de casa, entre outros. Trata-se de um prognóstico. Tudo será planejado a partir daí.
“Deve ser feita uma avaliação semana a semana, para compreender a média de custos que podem oscilar”, diz a especialista. “É preciso pensar ‘como é que está a minha situação?’ e observar se sobra dinheiro no fim do mês ou se falta, e se a pessoa consegue guardar ou não.”
Estabeleça metas
Quais são suas metas? Trocar de carro, fazer uma faculdade ou fazer uma viagem internacional? Camila Mindelli afirma que estabelecer esses objetivos é necessário para alcançá-los. E também para descobrir o meio de chegar até lá. “Será feito um investimento imobiliário? Uma carteira com ações? Algo de longo prazo?”, questiona.
Para ela, existem três “caixinhas” que devem ser pensadas quando se quer estabelecer metas. São elas:
- Curto Prazo – 3 a 6 meses – fazer investimentos com liquidez diária, como fundos de renda fixa, CDB, entre outros, pensando em emergências repentinas ou objetivos pontuais;
- Médio Prazo – 2 a 5 anos – investimentos de longo prazo, pensando em viagens, trocar de carro, comprar um imóvel, fazer uma pós-graduação, entre outros;
- Longo Prazo – aposentadora – fazer investimentos de modo a pensar no futuro. Se perguntar “quanto vou ter que ter de dinheiro acumulado para manter o padrão de vida atual até o fim da vida?”
É preciso estar sempre atento e ajustar as metas, porque a vida é cíclica e tudo pode mudar.
Tenha consciência no dia a dia
É preciso ter consciência no cotidiano. E educar os filhos é uma prioridade nesse quesito, afirma Camila. “Manter a luz acesa apenas se há alguém no ambiente, lavar as mãos sem deixar a torneira aberta o tempo todo, dormir com a luz apagada, são dicas importantes para economizar nas contas”, diz.
A especialista aponta que há alguns investimentos que valem a pena para quem mora com muitas pessoas em casa, como energia solar. “Em 4 anos, o investimento se paga e pode ter uma economia de até 50% dos gastos com a conta de luz. Claro que é um investimento que depende do tipo de público, mas recomendo”, afirma.
Use o débito automático
Colocar as contas fixas em débito automático para ter certeza que vão ser pagas sem a ocorrência de multas ou juros pode ser muito útil, de acordo com a especialista. “A pessoa pode se embolar em meio a tantas contas, e acabar pagando mais do que devia quando o prazo expirar”, diz.
Escolha um dia de pagamento
“As contas fixas devem ser pagas todas no mesmo dia, porque você já terá em mente que aquele é o dia do pagamento”, diz Camila. Ela também recomenda que não é bom ter os vencimentos das faturas dos cartões, para quem tem mais de um, em dias diferentes.
Ela acredita que é bom pagar as contas no mesmo dia em que há entrada de dinheiro, como o pagamento do salário. “A partir disso, você já vai saber a quantia que vai ter que passar o resto do mês e se planejar”, diz.
Guarde uma parcela mensalmente
Por fim, a planejadora afirma que é importante entender, em meio ao fluxo financeiro, o quanto é possível guardar no mês. “É recomendado guardar uma parcela 10% ou 15% e observar quais são as melhores opções para investir esse dinheiro”, afirma.
