- O pagamento do décimo terceiro salário normalmente ocorre nos dois últimos meses do ano
- Caso o foco seja o curto prazo (menos de dois anos), Carol Paiffer, integrante do programa Shark Tank, recomenda a renda fixa, como o tesouro Selic
- Já para o longo prazo, o educador financeiro indica ter renda variável no portfólio, como fundos e ações
O pagamento do décimo terceiro salário normalmente ocorre nos dois últimos meses do ano. E o valor pode ser uma oportunidade interessante para o trabalhador aumentar seus investimentos, caso já tenha todas as dívidas quitadas. Se ainda estiver em débito, com o banco, por exemplo, é recomendável pagar todas as despesas antes de aplicar o valor.
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Especialistas entrevistados pelo E-Investidor afirmaram que para decidir onde colocar o dinheiro, o investidor precisa entender o seu perfil, se tem uma maior facilidade em aceitar risco-retorno ou não, e se o objetivo é o curto, médio ou longo prazo.
Caso o foco seja o curto prazo (menos de dois anos), Carol Paiffer, integrante do programa Shark Tank, recomenda a renda fixa, como o tesouro Selic. Como os juros no cenário doméstico está na casa dos dois dígitos, a 13,75%, basta dividir o percentual por 12 para saber o retorno bruto que terá por mês, que será de 1,145%.
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Marco Noernberg, líder de renda variável da Manchester Investimentos, diz que essa escolha deve ser feita quanto alguém precisa compor uma reserva de emergência ou criá-la. “[O tesouro] gera uma segurança psicológica financeira grande, já que se existir algum gasto inesperado, a pessoa tem de onde tirar o dinheiro”.
O valor alocado nesse modelo de investimento tem a possibilidade de ser retirado na grande maioria das vezes sem um deságio. Ou seja, sem uma depreciação de preço.
Já o investimento no médio e longo prazo, deve ser feito quando o investidor planeja ter uma renda passiva (forma de obter ganhos periodicamente, sem estar diretamente relacionado ao salário).
Eric Zapparoli, educador financeiro e especialista em investimentos nos mercados nacional e internacional, sugere que, para um período de dois a cinco anos, é recomendável o tesouro IPCA+. “Se a inflação aumentar no médio prazo, o investidor sempre terá um ganho real (rentabilidade obtida na aplicação em um produto financeiro, após ser descontada a inflação de um determinado período)”.
Com a divulgação do texto da PEC de Transição, em que apontava para um gasto fora do teto no valor de aproximadamente R$ 200 bilhões, o boletim Focus desta segunda-feira (21) apontou para uma alta do IPCA de 5,88% em 2022, frente 5,82% da semana passada.
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Já para o longo prazo, o educador financeiro indica ter renda variável no portfólio, como fundos e ações. “Uma vez que companhias pagam dividendos aos acionistas e fundos geram retornos livres de impostos”.
Um levantamento do TradeMap apontou que a Petrobras foi a maior pagadora de dividendos no primeiro semestre deste ano. Com proventos em torno de R$ 6,59. Em segundo e terceiro lugar ficaram a EDP Brasil, com pagamentos no valor de R$ 2,07 e a Enauta, a R$ 1,71, respectivamente.
O líder de renda variável da Manchester Investimentos afirmou também que a renda variável pode gerar um retorno maior se comparado com a renda fixa, isso porque há uma relação de risco-retorno. “Quanto maior risco o investidor aceitar correr, maior pode ser o retorno [que uma ação] pode gerar”.
Porém, o mesmo pensamento pode ser considerado se um ativo desvalorizar. A perda do dinheiro pode ser maior na renda variável do que se comparado com os ativos que possuem remuneração definidas no momento da aplicação.
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