A Petrobras (PETR3; PETR4) encerrou o segundo trimestre deste ano com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões, em contraste com o lucro de R$ 28,7 bilhões registrado no mesmo período de 2022, conforme comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 8 de agosto. O último prejuízo da empresa havia ocorrido no terceiro trimestre de 2020, quando foi de R$ 1,5 bilhão.
A receita de vendas da Petrobras no segundo trimestre de 2024 aumentou 7,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 122,2 bilhões, e teve um crescimento de 3,9% em relação ao primeiro trimestre deste ano. No entanto, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), indicador de geração de caixa, recuou 12,3% em relação ao segundo trimestre de 2023 e 17,2% frente ao primeiro trimestre, totalizando R$ 49,7 bilhões.
O prejuízo no 2T24 da Petrobras, apesar de um desempenho operacional sólido, foi impactado por “eventos extraordinários”, como a contabilização de R$ 11,9 bilhões relativos ao acordo com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para quitação de dívidas fiscais. Além disso, o impacto cambial sobre dívidas entre a matriz e subsidiárias no exterior adicionou R$ 12,4 bilhões ao resultado, juntamente com provisões de aproximadamente R$ 7 bilhões, segundo fontes da estatal.