O patrimônio líquido dos fundos de ações emendou a quarta alta mensal consecutiva no ano e fechou maio com crescimento de 4,77%, passando de R$ 668,7 bilhões para R$ 700,6 bilhões, segundo levantamento feito pela Economatica Brasil. Em fevereiro, por exemplo, o crescimento foi de 0,42%, enquanto em março e abril o salto foi de 3,55% e 5,19%, respectivamente.
As categorias que mais cresceram entre os fundos de ações foram os Mono Ação (15,42%), ou seja, aqueles que investem em apenas um ativo. Esse segmento é polêmico, já que esses produtos não oferecem ao investidor uma das principais vantagens de se investir em um fundo, que é a diversificação, e ainda podem contar com taxas de administração altas, mesmo que a gestão seja passiva.
Os fundos de ações Índice Ativo (que buscam superar um indicador de referência no mercado) também se destacaram, com crescimento de 8,28%. Os Ações Indexados (replicam os indicadores de referência no mercado), avançaram 8,15% em maio, comparado ao mês anterior.
Entre os menores crescimentos, estão os fundos Ações Setoriais (que tem a estratégia de investir em setores específicos na Bolsa), cujo segmento registrou aumento de patrimônio líquido de 2,86%.
Classificação ANBIMA
Patrimônio Líquido (R$)
Período
Abril (R$)
Maio (R$)
(%)
Ações (total)
668,8
700,7
4,77
Fundos de Mono Ação
8,8
10,2
15,42
Ações Setoriais
36,7
37,7
2,86
Ações Small Caps
8,9
9,6
7,52
Ações Indexados
15,7
16,9
8,15
Ações Valor/Crescimento
31,6
32,7
3,54
Ações Índice Ativo
61,2
66,3
8,28
Ações Dividendos
11,5
11,9
3,81
Ações Sustentabilidade/Governança
2,4
2,5
5,82
Ações FMP – FGTS
6,9
7,4
6,89
Ações Livre
292,3
305,0
4,35
Fechados de Ações
39,3
41,8
6,31
Ações Invest. no Exterior
153,5
158,7
3,35
Captação Líquida e rentabilidade
A captação líquida em maio, que é a diferença entre a entrada de capital e os resgates feitos por investidores, também ficou positiva em R$ 6,39 bilhões. Essa marca foi puxada principalmente pelas aplicações em fundos de ações de investimento no exterior, que somaram R$ 3,17 bilhões.
Na outra ponta, os fundos de ações Valor/Crescimento (baseados no potencial de crescimento das empresas) puxaram o resultado geral para baixo, com R$ 526 milhões em captação líquida negativa.
Quando o assunto é rentabilidade, os Mono Ação registram na mediana o melhor desempenho de maio, com valorização de 13,61%. O segmento de Ações Setoriais e Small Caps (empresas com menores capitalizações) alcançaram rentabilidades de 6,36% e 6,23% no período. Juntas, essas três categorias de fundos de investimentos foram as únicas a bater o Ibovespa no mês passado, cujo desempenho foi de 6,16%.
Contudo, em 2021 os fundos Mono Ação são os únicos com rentabilidade negativa (-4,51%). Em 12 meses, os produtos que investem em papéis de uma única empresa também registram o segundo menor retorno (31,58%), perdendo apenas para os fundos de ações focados em Sustentabilidade e Governança (24,06%).
Classificação ANBIMA
Mediana Rentabilidade (%)
Período
Mês (%)
Ano (%)
12 Meses (%)
Fundos de Mono Ação
13,61
-4,51
31,58
Ações Setoriais
6,36
8,17
41,04
Ações Small Caps
6,23
10,34
55,75
Ações Indexados
6,03
6,01
44,67
Ações Valor/Crescimento
5,88
6,08
42,15
Ações Índice Ativo
5,82
6,55
43,74
Ações Dividendos
5,54
4,38
35,77
Ações Sustentabilidade/Governança
5,41
0,64
24,06
Ações FMP – FGTS
5,23
3
32,51
Ações Livre
4,75
6,74
40,56
Fechados de Ações
3,4
5,81
37,49
Ações Invest. no Exterior
2,89
6,47
38,22
*O Patrimônio Líquido, captação líquida e a rentabilidade de cada tipo exclui os Fundos em Cotas (FC) e Fundos de investimento em cotas master (FM), evitando assim a dupla contagem.
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*Fundos de Investimento regidos pela ICVM 555/14, ICVM 141/91 e ICVM 359/02.
*A mediana da rentabilidade considera todos os fundos com dados disponíveis até 5 dias anteriores à data de corte.
*O levantamento da Economatica excluiu o fundo BB Carteira Ativa do Banco do Brasil por ter efetuado um resgate de R$ 43,8 bilhões no mês de janeiro referente à posição das ações da Litel e Litela, o que distorce as amostras de 12 meses e no ano de 2021.