- O levantamento realizado pela Empiricus Research indicou que, até o dia 28, 78 FIIs tiveram prejuízos no período, enquanto 33 tiveram resultados positivos
- Entre os dez fundos que tiveram lucros acima da Selic, oito pertencem ao segmento de crédito
- Todos os segmentos de FIIs acumulam prejuízos em comparação com o desempenho do ano anterior, com os FIIs de logística liderando as perdas
O primeiro trimestre de 2023 trouxe uma queda avassaladora para os fundos imobiliários (FIIs). Entre os 111 que compõem o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix), apenas dez tiveram rentabilidade acima da taxa Selic.
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Um levantamento feito pela Empiricus Research mostra que o acumulado do período foi positivo para 33 FIIs e de prejuízo para outros 78. Entre os dez que tiveram lucros acima da Selic (CDI), oito são do segmento de crédito.
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No acumulado do ano, todos os segmentos acumulam prejuízos. Os FIIs de logística lideram as perdas, com 9,4% de queda. Em sequência, aparecem as lajes corporativas (-7,7%), híbrido (-6,5%), FOF (-4%), shoppings (-2,8%) e crédito (-1,5%).
“Os fundos de tijolos e lajes foram mais impactados, principalmente pela deterioração dos indicadores econômicos aliado ao aumento de risco-país como um todo, com juros futuros ainda elevados”, avalia Caio Nabuco de Araujo, analista da Empiricus.
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O melhor desempenho dos FIIs de crédito se explica pela mudança da curva de inflação. O terceiro trimestre do ano passado foi de deflação, o que impactou negativamente a distribuição de proventos dessa categoria. Com a retomada da inflação, houve o movimento contrário em 2023.
“Esses fundos têm conseguido adquirir operações com taxas atrativas e isso também reflete na distribuição de proventos”, diz o analista da Empiricus.
O que esperar para os próximos períodos?
Ainda que as perspectivas sejam de manutenção das dificuldades para os próximos meses, a tendência é de melhora nos desempenhos gerais dos fundos imobiliários. Nesta matéria explicamos quais as perspectivas do mercado para os fundos nos próximos meses.
Especificamente sobre os FIIs de crédito, que tiveram o melhor desempenho até aqui, a expectativa é de que sigam no campo positivo. “Para essa categoria há um risco de crédito menor comparado ao restante da indústria, com boas garantias e contrapartidas”, avalia Araujo.
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A sócia e responsável pela relação com investidores da Paladin, Celina Vaz Guimarães, destaca que para pensar de forma mais ampla sobre o futuro dos fundos é necessário observar outros pilares. “A gestão é o principal diferencial. Fundos bem geridos, com um portfólio bem estruturado de bons ativos, são os que entregarão os melhores retornos”, diz.