Investimentos

Grupo Mateus (GMAT3): após maior IPO do ano, ações caem 8,6% na 1ª semana

Acidente com queda de gôndolas e supostas deficiências em controles internos afetaram papéis

Fachada de supermercado do Grupo Mateus (Foto: Divulgação/ Grupo Mateus)
  • O Grupo Mateus (GMAT3) terminou a primeira semana na Bolsa com baixa de 8,6% nas ações, passando de R$ 8,97 (na estreia) para R$ 8,20 no fechamento desta segunda-feira (19)
  • A queda dos papéis foi uma reação do mercado às notícias ventiladas na imprensa sobre falhas em lançamentos contábeis encontradas por auditores independentes da Grant Thornton

O Grupo Mateus (GMAT3) terminou a primeira semana na Bolsa com baixa de 8,6% nas ações. A varejista realizou o maior IPO (Oferta Pública Inicial de Ações) do ano no último dia 13 de outubro e captou 4,63 bilhões. Precificado em R$ 8,97 na estreia, o papel estava sendo negociado a R$ 8,20 no fechamento da última segunda-feira (19) – durante o dia, a queda foi de 4,09%.

O desempenho dos papéis foi impactado por notícias ventiladas na imprensa sobre falhas em lançamentos contábeis encontradas por auditores independentes da Grant Thornton, antes mesmo do processo de IPO da varejista.

As deficiências estariam detalhadas em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e incluiriam lançamentos ‘off book’, fora do livro de registros contábil, e operações entre partes relacionadas com saldos relevantes e vencidas há longa data.

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Em fato relevante, o Grupo Mateus explicou que os pontos identificados pelos auditores não devem prejudicar a empresa.

“Todas as referidas recomendações de melhorias aos processos e controles internos recebidos pela Companhia não são significativas, materiais ou capazes de causar qualquer impacto financeiro nas demonstrações financeiras já divulgadas ou efeito material adverso à Companhia”, diz a varejista.

A notícia surge pouco mais de duas semanas depois do acidente envolvendo a queda em sequência de gôndolas do Mix Mateus Atacarejo, em São Luís (MA). O episódio, que resultou na morte de uma funcionária e deixou outras oito pessoas feridas, teria afastado especuladores e enfraquecido o IPO da empresa, apesar de não impactar o Grupo Mateus no longo prazo, segundo especialistas.