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Grupo Mateus (GMAT3) estreia bem, mas fecha 1º pregão em queda

Empresa é a primeira do Maranhão a abrir capital na Bolsa

Grupo Mateus (GMAT3) estreia bem, mas fecha 1º pregão em queda
Fachada de supermercado do Grupo Mateus (Foto: Divulgação/ Grupo Mateus)
  • O Grupo Mateus (GMAT3), um dos maiores atacarejos do País, encerrou o primeiro pregão próximo da estabilidade, com leve baixa de 0,33%
  • As ações da empresa, que foram precificadas no piso da faixa indicativa, em R$ 8,97, terminaram as negociações desta terça-feira (13) cotadas a R$ 8,94

O Grupo Mateus (GMAT3), um dos maiores atacarejos do País, encerrou o primeiro pregão próximo da estabilidade, com leve baixa de 0,33%. As ações da empresa, que foram precificadas no piso da faixa indicativa, em R$ 8,97, terminaram as negociações desta terça-feira (13) cotadas a R$ 8,94. Durante o dia, os ativos chegaram a ter uma alta de 5,35%, ao preço máximo de R$ 9,45. Nesta quarta-feira, os papéis operam em alta de 0,34%, retornando aos R$ 8,97, até às 10h36.

O IPO (Oferta Pública Inicial de Ações) captou R$ 4,61 bilhões, na maior abertura de capital do ano até agora. A empresa entrou no segmento de Novo Mercado e os recursos serão totalmente destinados aos planos de expansão orgânica da companhia, com a abertura de novos estabelecimentos.

Ex-garimpeiro, Ilson Mateus começou a história do Grupo Mateus em 1986, com uma pequena mercearia na cidade de Balsas (MA). O negócio evoluiu e se tornou a maior rede de supermercados e atacados da região norte-nordeste. Agora, a rede varejista também alcançou a marca de primeira empresa do estado do Maranhão a entrar na Bolsa de Valores.

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De acordo com o prospecto da empresa, a varejista possui 137 lojas físicas, 29 atacarejos, 23 supermercados, 2 hipermercados, 67 lojas de eletroeletrônicos e 16 lojas de vizinhança distribuídos pelo Maranhão, Pará e Piauí. No primeiro semestre de 2020, o grupo registrou lucro líquido de R$ 297 milhões, ante R$ 167 milhões obtidos no mesmo período do ano passado.

Acidente com gôndolas de atacado

Há oito dias do IPO, na noite da sexta-feira (02), um acidente em uma unidade do Grupo Mateus em São Luís resultou na morte de uma funcionária e deixou outras oito pessoas feridas. Na ocasião, pelo menos cinco prateleiras do Mix Mateus Atacarejo tombaram em cima de clientes e colaboradores.

Após o episódio, a empresa incluiu os riscos relacionados a fatos deste tipo no prospecto e abriu prazo até a data do IPO para investidores institucionais desistirem das reservas de ações.

“Em virtude do acidente, até o momento, sofremos efeito adverso sobre nossos negócios, em especial à nossa imagem e marca”, diz o Grupo Mateus, no documento. “Podemos ainda sofrer efeito material adverso futuro sobre nossos negócios, resultados operacionais, caso nossa marca e imagem sejam negativamente impactadas em razão do acidente ou da forma como o endereçamos”, afirma, em outro trecho.

Apesar do acontecimento ter enfraquecido a oferta, como antecipado pelo E-Investidor, no longo prazo não deve afetar as atividades da empresa.

“Tudo leva a crer que houve uma falha pontual, humana. Mas claro que questões de compliance e segurança deverão ser pauta da companhia, irão precisar passar por um processo completo de revisão”, afirmou na época Luiz Claudio Dias Melo, sócio-diretor de divisão de varejo da consultoria 360 Varejo.

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