Os cotistas do Hectare CE (HCTR11) iniciaram o ano de 2025 com uma notícia negativa sobre o portfólio do fundo imobiliário (FII). No último dia 3, a Vórtx, administradora do HCTR11, informou a redução de 3,49% no valor do patrimônio líquido após o reajuste de 25 ativos do fundo. Por volta das 11h20 (horário de Brasília), as cotas do HCTR11 acumulam uma desvalorização de 3,51%, sendo negociadas a R$ 17,87.
Leia também
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que os investidores se depararam com uma notícia negativa em relação ao FII nos últimos meses. Em dezembro de 2024, o HCTR11 informou ao mercado que não apresentou resultados suficientes em novembro para remunerar seus cotistas. A Hectare Capital – gestora do fundo imobiliário – justificou que a decisão pela não distribuição de proventos atende as regras de distribuição de dividendos para o mercado de FIIs estabelecidas pelo ofício circular da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), publicado no fim de novembro do ano passado.
Criado em 2018, o fundo imobiliário de papel Hectare (HCTR11) foi constituído com uma estratégia de alto risco de investimento, que chamou a atenção do mercado pelo volume da distribuição de dividendos. Entre os meses de setembro de 2020 a janeiro de 2023, o fundo repassava aos cotistas proventos acima de R$ 1 por cota, sendo a sua máxima histórica de R$ 3,20 em janeiro de 2022.
Publicidade
Durante o seu auge, no fim de dezembro de 2022, o fundo chegou a ter mais de 200 mil cotistas e um patrimônio líquido (PL) de R$ 2,6 bilhões. No entanto, desde 2023, o HCTR11 enfrenta um impasse financeiro em função da inadimplência dos ativos do seu portfólio. A crise financeira estimulou até uma mobilização dos cotistas para tentar retirar a Hectare Capital do cargo de gestão do Hectare CE (HCTR11). O movimento surgiu no início do ano passado, mas perdeu força nos últimos meses devido às burocracias para dar prosseguimento ao trâmite.