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Cinco investimentos para ganhar com a alta da Taxa Selic

Estimativas do mercado apontam que o índice pode chegar próximo a 7% até o final do ano

Cinco investimentos para ganhar com a alta da Taxa Selic
(Fonte: Pixabay)
  • O aumento da taxa pode proporcionar bons rendimentos para algumas aplicações, como Tesouro IPCA e fundos imobiliários de papel
  • A expectativa é que ações de bancos se valorizem em um primeiro momento de elevação da Selic, em especial as das quatro maiores empresas do setor

(Por Aléxis Cerqueira Góis, especial para o E-Investidor) Depois de 8 meses no menor patamar de sua história, a taxa Selic entrou em uma nova tendência de alta. Entre agosto de 2020 e março de 2021, quando a taxa básica de juros estava a 2% ao ano, investimentos de renda fixa, como poupança, chegaram a ter rentabilidade negativa quando considerada a inflação no período.

Nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a Selic teve aumentos consecutivos, passando para 5,25% em agosto, com indicação de alta. Por conta da volta da inflação, estimativas do mercado apontam que o índice pode chegar próximo a 7% até o final do ano.

Confira cinco dicas para ganhar com a tendência de elevação da taxa Selic.

1. Tesouro IPCA

Títulos do Tesouro Direto atrelados à inflação são recomendados com Selic em alta. (Fonte: Shutterstock/ Brenda Rocha – Blossom/Reprodução)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, ficou acumulado em 8,99% nos últimos 12 meses. Com isso, o retorno dos títulos do Tesouro Direto atrelados aos índices inflacionários está mais atrativo. As aplicações no Tesouro IPCA apresentam um ganho duplo, tanto com a taxa determinada no momento da aplicação, com uma expectativa de alta de juros, quanto com a aceleração do IPCA.

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É importante lembrar, porém, que os ganhos dos papéis indexados ao IPCA só se materializam se o dinheiro for resgatado na data de vencimento. Os títulos mais curtos têm um prazo final em 2026 e oferecem remuneração do IPCA mais 3% ao ano, enquanto os papéis de longo prazo vencem em 2055,vencem 2055, remunerado a 4% ao ano mais inflação.

2. CDBs, LCIs, LCAs

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos de renda fixa que podem ser indexados à inflação ou ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que acompanha as oscilações da taxa Selic.

No CDB, o recurso aplicado é emprestado à instituição financeira, que tem liberdade para aplicar o dinheiro investido como crédito pessoal, agrícola ou financiamento de automóveis.

Por isso, essa aplicação apresenta um risco atrelado à saúde da carteira do banco. Em instituições menores, o risco é grande e, portanto, a remuneração da aplicação é maior, enquanto grandes instituições oferecem riscos e remuneração mais baixos.

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Já as LCIs e LCAs são semelhantes. O dinheiro aplicado é utilizado pela instituição para financiar, respectivamente, os setores imobiliários e agropecuário.

3. Fundos Imobiliários de papel

Os fundos imobiliários, de uma forma geral, tendem a perder a atratividade com a alta da taxa Selic por conta da redução da atividade econômica. Entretanto, um tipo específico pode apresentar ganhos neste cenário: os fundos imobiliários de papel.

Esses ativos de renda variável aloca recursos em títulos e papéis do mercado de imóveis, como Certificados de Recebíveis (CRI), LCI e letras hipotecárias. Essa diversificação de títulos reduz o risco desse investimento em comparação a outros ativos de renda variável e aos fundos de tijolo, já que não envolve a administração de imóveis físicos.

4. Fundos multimercados

Gestores de fundos multimercados podem adotar estratégias diferentes de acordo com as flutuações da taxa Selic. (Fonte: Shutterstock/ktasimar/Reprodução)

Os fundos multimercados distribuem os recursos de seus cotistas em investimentos de renda fixa, câmbio, ações, além de utilizar derivativos para alavancagem ou proteção da carteira.

Dentro de uma política preestabelecida, os gestores destas aplicações podem mudar a sua estratégia de acordo com as oscilações do mercado para oferecer um rendimento mais alto que os investimentos mais conservadores. Isso permite que esses fundos sejam uma boa opção tanto na alta quanto na baixa da Selic.

Na hora de escolher o fundo, os investidores devem considerar o seu perfil, objetivos pessoais e a estratégia adotada pelos gestores. Os fundos de menor volatilidade, ou seja, com mais recursos em renda fixa, são ideais para aplicações de curto e médio prazo. Enquanto as aplicações mais voláteis são indicadas para perfis mais arrojados e investimentos a longo prazo.

5. Ações de bancos e seguradoras

A expectativa é que ações de bancos se valorizem em um primeiro momento de elevação da Selic, em especial as das quatro maiores empresas do setor, como Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11), e Itaú Unibanco (ITUB4).

Outro setor que costuma ganhar com a elevação de juros são as empresas de seguros, a exemplo da SulAmérica (SULA11), BB Seguridade (BBSE3) e Porto Seguro (PSSA3). Apesar da atividade-fim não estar relacionada diretamente ligada à taxa Selic, as companhias seguradoras se protegem dos riscos com altos investimentos em aplicações de renda fixa, que se tornam mais rentáveis com a alta dos juros.

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