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Liquidez do Tesouro Direto: veja e entenda como funciona

O Tesouro Direto pode ter liquidez diária, mas não é um investimento que apresentará sempre lucro a qualquer momento

Liquidez do Tesouro Direto: veja e entenda como funciona
Saiba o que significa e qual é a liquidez do Tesouro Direto. (Foto: Pexels)
  • O Tesouro Direto é uma alternativa segura e de baixo risco para quem está começando a investir ou mesmo para quem quer diversificar a carteira com uma opção de renda fixa
  • O Tesouro Direto apresenta liquidez diária; isso significa que o investidor pode vender seus papéis quando quiser, uma vez que o Tesouro Nacional garante a recompra integral de qualquer título negociado

O Tesouro Direto é uma alternativa segura e de baixo risco para quem está começando a investir ou mesmo para quem quer diversificar a carteira com uma opção de renda fixa. Se você está considerando aplicar o seu capital nesse tipo de investimento, é importante que saiba mais sobre a liquidez dele, ou seja, entenda como funciona a transição dos títulos para o dinheiro na prática. Na sequência, o E-Investidor te dá todos os detalhes!

O que é liquidez?

Liquidez é o termo utilizado no mercado financeiro para indicar a rapidez com que um ativo pode ser convertido em dinheiro sem que perca o seu valor original. Nesse sentido, ativos de alta liquidez são mais facilmente vendidos, como é o caso das ações.

Os títulos de renda fixa, em contrapartida, costumam apresentar uma menor liquidez, considerando que muitos deles (como LCI ou LCA) contam com um prazo de carência, o que faz o investidor precisar aguardar esse período para que possa converter seu título em dinheiro. Mas isso não acontece com o Tesouro Direto: embora seja uma aplicação de renda fixa, ele é considerado um ativo com boa liquidez, já que o governo compra o título independentemente da data de vencimento.

Qual é a liquidez do Tesouro Direto?

O Tesouro Direto apresenta liquidez diária; isso significa que o investidor pode vender seus papéis quando quiser, uma vez que o Tesouro Nacional garante a recompra integral de qualquer título negociado. Ainda, nesse caso, trata-se da chamada liquidez D+1, que caracteriza negociações em que o valor da venda pode ser resgatado em um dia útil após a solicitação.

A liquidez diária, no entanto, não é sinônimo de lucro certo. Há, inclusive, a possibilidade de prejuízo ao vender seus papéis fora do prazo inicialmente estipulado — o que está relacionado com a marcação a mercado.

Relação da liquidez do Tesouro Direto com a marcação a mercado

A marcação a mercado se caracteriza como uma atualização, geralmente diária, do valor de um ativo de renda fixa ou fundo de investimento. Em outras palavras, mesmo as aplicações de renda fixa não apresentam precificações e taxas necessariamente constantes. Dessa forma, só a rentabilidade do título (desde que respeitado o seu prazo de vencimento) será mantida estável, conforme indicado quando é feita a compra.

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No caso do Tesouro Direto, a relação de sua liquidez com a marcação a mercado se dá pelo fato de que, assim como ocorre com outros ativos, haverá uma variação de preço do título entre a data do investimento e a de seu vencimento.

Essa oscilação ocorre junto da evolução da taxa Selic. Assim, se a Selic cair em relação à taxa do seu título, o preço dele sobe. Consequentemente, caso ela atinja um índice superior às taxas de compra do seu papel, o valor de mercado dele cai.

Pense, por exemplo, que você comprou um título de Tesouro Direto com uma rentabilidade prefixada, com data de vencimento para dali dois anos. Então, alguns meses depois de adquirir esse ativo, a taxa Selic sofre um aumento. Isso vai fazer com que a taxa da economia se eleve, enquanto seu título mantém a mesma rentabilidade (já que é prefixado).

Nesse caso, se vender seu título antes do prazo, ele será recomprado pelo governo por um valor inferior ao mercado — acarretando menor rentabilidade; mas se esperar até a data de vencimento, terá o retorno esperado. Por isso, é importante acompanhar, previamente, a marcação a mercado e as variações da Selic ao pensar em vender o seu ativo antes do prazo definido, para evitar um possível prejuízo e uma desvalorização do investimento.

Homem opera tela de dispositivo eletrônico
Acompanhar a marcação a mercado é importante para vender com segurança os títulos do Tesouro Direto antes do prazo estipulado. (Fonte: Unsplash)

Títulos do Tesouro Direto e sua liquidez

Os títulos do Tesouro Direto correspondem aos papéis emitidos pelo Tesouro Nacional para os investidores que desejam aplicar seu dinheiro nessa opção de renda fixa. Nesse caso, é possível escolher entre três tipos: Tesouro Prefixado, Tesouro IPCA e Tesouro Selic, cada um com suas possíveis variações.

Independente do título, todos os papéis do Tesouro Direto tem em comum a garantia de poder resgatar o dinheiro em um dia útil após a venda do ativo, além de contarem com as mesmas regras de tributação. Entenda, porém, quais são as particularidades quanto à liquidez de cada um dos tipos.

Tesouro Prefixado

Como o nome sugere, o Tesouro Prefixado é aquele que tem uma rentabilidade predefinida na hora da compra do título. Dessa forma, o investidor tem a segurança e a garantia de já saber qual será o seu retorno financeiro na data de vencimento do papel.

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Assim como os outros tipos, o prefixado conta com liquidez diária (ou “em D+1”), então, o dinheiro fica disponível após um dia útil da solicitação. Lembrando que a rentabilidade do investidor pode sofrer desvalorização e ser menor do que o esperado caso a venda do ativo seja feita antes de seu prazo de validade, devido à marcação a mercado.

Mulher segura cartão de crédito enquanto usa laptop
Quem compra títulos de Tesouro Prefixado não precisa se preocupar com oscilações. Desde que respeite a data de vencimento, receberá exatamente a rentabilidade definida no ato da compra. (Foto: Unsplash)

Tesouro IPCA

O Tesouro IPCA está atrelado à inflação do país, sendo uma alternativa viável para aqueles que desejam proteger seu capital da desvalorização no longo prazo. Esse título tem rentabilidade híbrida, o que significa que uma parte de seu retorno é fixa e outra variável, portanto ele paga ao investidor um percentual predefinido e também um valor projetado conforme as variações do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A liquidez também é diária, o que mantém o poder de compra e venda de ativos do investidor. Embora a perspectiva de ganhar dinheiro seja alta, também é preciso se atentar à marcação a mercado se quiser vender o papel antes do prazo previsto, o que pode provocar prejuízo ou ganhos (quando feito no momento certo).

Tesouro Selic

Assim como o nome indica, o Tesouro Selic está diretamente relacionado com a principal taxa de juros da economia, a Selic. Costuma ser uma alternativa para quem busca compor uma parte da carteira de investimentos voltada à reserva de emergência. Ele tem rentabilidade pós-fixada, uma vez que depende da variação da Selic, e pode ser resgatado a qualquer momento com lucro (mesmo que não tenha alta rentabilidade).

Isso é possível porque ele também tem liquidez diária. Apesar disso, diferente dos outros dois tipos de títulos do Tesouro Direto, este não sofre com a marcação a mercado, considerando que é uma opção pós-fixada. Não há risco de desvalorização do título.

Veja também: Carteira de investimentos: qual a melhor estratégia para montar?

Fonte: Tesouro Direto

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