XP diz que dólar deve cair até o fim de 2024; veja para onde vai a moeda

A corretora diz que os últimos meses foram marcados por forte volatilidade na taxa de câmbio brasileira. Depois de um começo de ano relativamente favorável, o segundo trimestre trouxe substancial depreciação do real, com o dólar atingindo os patamares mais elevados desde o final de 2021.

“A depreciação recente da nossa moeda refletiu movimentos principalmente domésticos, dos quais destacamos a piora da percepção de risco fiscal e ruídos no cenário político. Crescente incerteza sobre a capacidade do governo de elevar as receitas de modo a cumprir as regras fiscais existentes, além de intervenções do governo em empresas listas e ruídos entre o Executivo e o Banco Central têm impactado a percepção de risco sobre ativos brasileiros, incluindo a nossa moeda”, explica a equipe de sete economistas da XP liderada por Caio Megale.

O que pode influenciar o dólar nos próximos meses?

Depois dessas tensões, os especialistas relatam que esperam alguma redução na percepção de risco até o final do ano, com o início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos e a melhora (mesmo que parcial) de ruídos políticos.

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“Mas não vemos o real se valorizando de maneira sustentada para o valor apontado por modelos estruturais (de aproximadamente 5,25 reais por dólar) – ou seja, refletindo fundamentos econômicos, como a nossa taxa de juros e o preço e quantidade do que vendemos e compramos em relação ao resto do mundo”, apontam os economistas.

Sendo assim, os especialistas estimam que a moeda americana deve encerrar o ano a R$ 5,40 e esse também deve ser o valor do dólar em 2025. Entretanto, eles reforçam que há incertezas no cenário, como as questões fiscais e o próprio cenário do corte de juros dos EUA. Desse modo, a equipa da XP lembra que essa é uma estimativa e que não é possível cravar que o dólar deve ficar no patamar de R$ 5,40 a todo tempo.

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