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Poupança: conheça a história da queridinha dos brasileiros

Descubra a trajetória da caderneta de poupança e conheça três alternativas que apresentam melhor rendimento

Poupança: conheça a história da queridinha dos brasileiros
(Fonte: Shutterstock)
  • Criada em 1861 na Caixa Econômica Federal, a poupança continua sendo um dos tipos de investimentos mais utilizados pelos brasileiros
  • Desde maio de 2012,o rendimento das novas contas de poupança é variável de acordo com a taxa Selic
  • Mas há outros tipos de investimentos fáceis e seguros que rendem mais do que a poupança. Conheça três opções!

(Por Mellanie Novais, especial para o E-Investidor) – A poupança é amada pelos brasileiros e, hoje, cerca de 85% das pessoas utilizam esse mecanismo. A popularidade desse tipo de conta é mantida mesmo quando sua rentabilidade perde forças ou quando existem melhores opções no mercado para poupar dinheiro com rentabilidade.

Saiba de que maneira a poupança surgiu, confira seu histórico de rendimentos e aproveite para conhecer três alternativas seguras e práticas. Confira.

Como surgiu a caderneta de poupança?

A poupança foi criada em 1861, no Rio de Janeiro, na Caixa Econômica Federal pelo imperador Dom Pedro II. De início, a ideia da poupança era garantir que as pessoas tivessem acesso a uma opção de investimento seguro, acessível e que pudesse se adequar a diferentes perfis — desde aqueles que desejavam guardar apenas pequenas economias até grandes investidores.

Sendo assim, até mesmo as pessoas com menor poder aquisitivo poderiam ter a chance de poupar, além de poder conseguir empréstimos em uma instituição financeira ligada à coroa na época.

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Vale ter em mente que o termo “caderneta de poupança” surgiu em decorrência da forma como o processo era feito: todas as anotações sobre o dinheiro poupado e os detalhes dos juros recebidos eram feitas em cadernos pequenos (cadernetas) pelos próprios funcionários da Caixa Econômica.

Passados 11 anos da criação da poupança, em 1872, ocorreu a publicação do Decreto nº 5.153, que regulamentou a Lei n° 2.040, de 1871. Essa nova legislação passou a possibilitar que os escravos realizassem depósitos na poupança, o que era feito como uma alternativa de juntar dinheiro mais rapidamente para comprar suas alforrias.

O objetivo imediato da caderneta nessa época era, portanto, simplesmente possibilitar um tipo de “reserva de emergência”, mas até os dias atuais ela é a queridinha de muitos brasileiros, que ainda veem na poupança como um investimento seguro e sólido, sobretudo na velhice.

Também é válido destacar que os serviços de poupança, atualmente, têm-se diversificado, como uma estratégia para ampliar o público. A Caixa Econômica ainda é o banco com maior participação no mercado quando se trata desse tipo de conta, chegando próximo aos 40%, e a instituição conta com alguns segmentos: poupança integrada (vinculada à conta-corrente), poupança azul (modalidade para todas as pessoas, mesmo crianças ou dependentes), poupança Caixa fácil (um tipo simplificado, podendo ser aberta até mesmo em casas lotéricas).

Rendimento poupança: entenda o cálculo e veja o histórico

No ano de 2012, mais precisamente no mês de maio, foi realizada a divisão da poupança entre o antigo e o novo método de rendimento. O antigo se refere a todas as contas que foram abertas antes de maio de 2012 e, nesse caso, os correntistas continuam recebendo uma taxa de remuneração adicional de 0,5% ao mês junto à remuneração básica.

Já no caso da poupança nova (contas feitas a partir de maio de 2012), o rendimento é variável e é determinado a partir da taxa Selic. Atualmente, portanto, a caderneta rende cerca de 0,5% ao mês e 6,17% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR) — que é uma taxa de juros atualizada todos os dias pelo Banco Central, servindo como base de rentabilidade de diversos investimentos.

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Como a taxa tem atualização diária, para calcular a porcentagem que será acrescentada ao rendimento, considera-se o valor da Taxa Referencial do dia do depósito. Além disso, se a Selic estiver em 8,5% ao ano ou inferior, a poupança rende 70% da Selic + a TR do dia, mas caso a Selic fique acima dos 8,5% ao ano, se considera o valor fixo de 0,5% ao mês + a TR.

De todo modo, é um rendimento baixo em comparação a outros investimentos tão seguros e práticos quanto essa modalidade. Especialmente porque, com a inflação sob controle, a Taxa Referencial tem operado na alíquota zero e isso significa que não acrescenta nada à rentabilidade da poupança.

Mas nem sempre foi assim, veja o histórico a seguir e compare o rendimento entre 4 décadas.

Em 1983, o rendimento da poupança podia alcançar até 10% do valor aplicado, mas em 2013 os números ficavam na casa dos 0,5%. Atualmente, a margem está na casa dos 0,2%. (Fonte: Debit)

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Investimentos que rendem mais do que a poupança

Há várias iniciativas fáceis e seguras que rendem mais do que a poupança, sendo investimentos que não oferecem riscos ao investidor e que podem proporcionar um melhor retorno financeiro, de curto ou, especialmente, longo prazo.

Conheça três opções que podem ser substitutas da caderneta na hora de poupar.

Tesouro Direto
O Tesouro Direto também tem seu rendimento atrelado à Taxa Selic, mas, em vez de pagar 70% do valor, apresenta um retorno de 100%. Mais do que isso, o Tesouro também possibilita que a pessoa escolha entre outras opções: Tesouro Pré-fixado, Tesouro Pós-fixado e Tesouro IPCA, alternativas que garantem previsão do lucro.

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Além de saber quanto você vai recuperar na data do vencimento do seu título, esses investimentos também contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), uma medida governamental que prevê garantia de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, caso a instituição detentora do investimento não consiga cumprir com seus compromissos.

LCI e LCA
As siglas LCI e LCA correspondem, respectivamente, à Letra de Crédito Imobiliário e à Letra de Crédito do Agronegócio. Você compra um dos títulos direto em uma instituição bancária, como uma forma de possibilitar ao banco a captação de recursos. Em troca, você tem acesso a uma taxa de rentabilidade anual, já estabelecida na hora da compra. Consequentemente, você já saberá seu rendimento final.

Outro ponto de destaque é que a LCI e a LCA correspondem a dois setores que basicamente estão sempre em estabilidade ou crescimento, além do fato de que esses títulos têm isenção do imposto de renda, assim como a poupança, o que também contribui para uma maior rentabilidade.

A compra de títulos LCI e LCA pode trazer bom retorno financeiro ao investidor, especialmente devido à estabilidade dos setores. (Fonte: Shutterstock)

CDB
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título de renda fixa, sua emissão é feita pelas instituições bancárias como forma de captar dinheiro para financiar suas atividades. Sendo assim, você basicamente empresta seu dinheiro ao banco e, então, ele te devolve o capital aplicado junto aos juros. Simples assim.

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A segurança desse investimento também é um ponto alto, considerando a credibilidade dos bancos para realizar a devolução do dinheiro e também o fato de que, assim como o Tesouro Direto, o CDB conta com proteção do Fundo Garantidor de Crédito.

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