

(Por Aléxis Cerqueira Góis, especial para o E-Investidor) – Uma das principais dúvidas entre os investidores é a escolha entre renda fixa e renda variável e em qual porcentagem na carteira de investimento.
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(Por Aléxis Cerqueira Góis, especial para o E-Investidor) – Uma das principais dúvidas entre os investidores é a escolha entre renda fixa e renda variável e em qual porcentagem na carteira de investimento.
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A resposta mais correta é que uma carteira de investimento diversificada, com uma composição equilibrada, é a melhor estratégia para aumentar a possibilidade de lucro e diminuir os riscos de perdas.
Embora a internet esteja cheia de fórmulas mágicas, não existe uma maneira direta de calcular a porcentagem ideal de cada aplicação em uma carteira de investimentos.
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No fim das contas, a decisão de quanto ter em renda fixa depende de inúmeros fatores, incluindo o perfil do investidor, seus objetivos, o prazo de investimento e índices econômicos como taxa Selic e a projeção de inflação.
De maneira geral, especialistas recomendam que os investidores mais conservadores, que prezam mais pela segurança, tenham pelo menos 95% de sua carteira de investimentos aplicada em modalidades como poupança, Tesouro Direto, Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito Agrícola (LCA), Fundos DI, entre outros.
Até mesmo os investidores mais arrojados, que visam um maior lucro e têm maior tolerância aos riscos, devem ter, no mínimo, 35% de seus investimentos alocados em títulos de renda fixa.
Isso dá uma segurança em caso de amplas crises econômicas, como houve na pandemia, garantindo uma rentabilidade mínima.
Essas, porém, são recomendações generalistas de como definir as porcentagens da carteira de investimento.
Caso não haja um analista financeiro disponível para montar sua carteira de investimentos, é importante ficar atento às diversas variáveis que podem ser resumidas nos passos abaixo.
Antes de realizar qualquer aplicação financeira em renda fixa ou variável, é necessário conhecer o seu perfil de investidor.
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A tolerância a riscos varia de acordo com a faixa etária, a estabilidade, o nível de renda, a capacidade de poupar, número de dependentes, objetivos a longo prazo, entre outros.
Isso é tão importante que levou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a estabelecer uma norma para as instituições financeiras verificarem a adequação de seus produtos aos objetivos e perfil de risco de cada investidor, classificados em:
O investidor pode estar em momentos diferentes da vida e isso impacta diretamente na escolha de quais aplicações financeiras realizar.
De modo geral, o ciclo financeiro de uma pessoa pode ser dividido em: acumulação, rentabilização ou preservação do patrimônio.
Na juventude, a pessoa tem energia e tempo para acumular riquezas. Neste momento, normalmente se corre mais riscos nas aplicações financeiras, em especial, porque há bastante prazo para recuperar eventuais perdas.
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Na meia-idade, os riscos devem ser melhor ponderados, mas, ainda assim, é necessário buscar rentabilidade. Por isso, a diversificação é fundamental para equilibrar os riscos.
Na aposentadoria, o investidor busca preservar e usufruir dos recursos obtidos ao longo da vida. Por isso, aplicações mais conservadoras, como renda fixa, são as mais recomendáveis.
O objetivo de um investimento é um fator importante para definir por quanto tempo os recursos devem ficar aplicados. O prazo da aplicação tem um impacto direto na rentabilidade da renda fixa na carteira de investimentos. Confira alguns exemplos:
A taxa Selic e a inflação têm influência direta nos investimentos de renda fixa. A Selic é a principal referência utilizada para a definição de muitos títulos de renda fixa, como poupança, Tesouro Selic e Fundos DI, além de ter um impacto direto em CDBs e RDBs.
Uma taxa de juros maior significa uma rentabilidade maior dessas aplicações.
Por outro lado, a inflação afetará o rendimento real dos investimentos em renda fixa. Uma aceleração inflacionária tende a comprometer a remuneração das aplicações, pois diminui o poder aquisitivo da população.
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Um mesmo volume de recursos tem um valor real menor quando a inflação está em alta.
Portanto, as metas inflacionárias definidas pelo governo, bem como a tendência de alta ou queda da Selic, devem ser consideradas no momento de se fazer o investimento e na decisão de um aporte maior ou menor em renda fixa no portfólio.
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