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Anbima: volume investido por brasileiros sobe 6,5% e alcança recorde

A alta se deu tanto no segmento de varejo quanto no private

Anbima: volume investido por brasileiros sobe 6,5% e alcança recorde
O patrimônio líquido dos investimentos dos brasileiros registrou crescimento de 2,1% (R$ 94,5 bilhões) no primeiro trimestre, totalizando R$ 4,65 trilhões. Foto: Envato Elements
  • Os ativos de renda fixa foram responsáveis por 59,3% do patrimônio líquido dos clientes em março de 2022. Em dezembro de 2021, essa fatia era de 58,9% e, no mesmo mês de 2020, de 58,1%
  • O Centro-Oeste foi a região que mais cresceu em termos relativos, com alta de 5,4% ou R$ 12,2 bilhões.

Bruna Camargo – O volume financeiro investido pelos brasileiros em títulos e valores mobiliários atingiu R$ 2 trilhões no primeiro trimestre de 2022, recorde da série histórica da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que começou em 2014.

Esse saldo representa crescimento de 6,5%, ou R$ 123,5 bilhões, sobre os três meses imediatamente anteriores, informou nesta sexta-feira (6) a Anbima.

A alta se deu tanto no segmento de varejo (7,4% no período) quanto no private (5,3%) – segmento que reúne clientes que têm, pelo menos, R$ 3 milhões em aplicações.

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No varejo, os destaques ficam para o aumento de 25,1%, ou R$ 24,6 bilhões, no volume alocado em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e de 4,4%, ou R$ 22 bilhões, em Certificados de Depósito Bancário (CDB).

No private, o destaque fica com a alta de R$ 22,6 bilhões (+5%) aplicados em ações, seguidos de R$ 8,8 bilhões (+20,7%) em Letras Imobiliárias Garantidas (LIG) e de R$ 8,2 bilhões (+19,5%) em Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).

Parcela de renda fixa se mantém na dianteira

Os ativos de renda fixa foram responsáveis por 59,3% do patrimônio líquido dos clientes em março de 2022. Em dezembro de 2021, essa fatia era de 58,9% e, no mesmo mês de 2020, de 58,1%. A parcela de recursos alocada em renda variável chegou a 19,8% ao final do primeiro trimestre deste ano – no período imediatamente anterior, essa fatia era de 19,5% e, no final de 2020, de 20%.

Volume financeiro total avança, reforçado pelo private

O patrimônio líquido dos investimentos dos brasileiros registrou crescimento de 2,1% (R$ 94,5 bilhões) no primeiro trimestre, totalizando R$ 4,65 trilhões. Essa foi a mesma variação (2,1%) registrada no início do ano passado.

“O resultado mantém inalterado o ritmo de crescimento verificado no primeiro trimestre de 2021 e confirma a tendência de recuperação frente à queda de 5,3% dos primeiros três meses de 2020, desempenho que foi impactado pelo início da pandemia no Brasil”, explica José Ramos Rocha Neto, presidente do Fórum de Distribuição da Anbima, em nota.

O resultado do primeiro trimestre de 2022 foi alavancado pelo segmento private, cujo patrimônio líquido somou R$ 1,83 trilhão, um avanço de 3,1% sobre o trimestre anterior. O volume financeiro do varejo de alta renda cresceu 1,7% no mesmo intervalo, alcançando patrimônio de R$ 1,27 trilhão. O varejo tradicional teve variação positiva de 1,2%, chegando a R$ 1,54 trilhão.

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Na soma dos três segmentos, o número de contas teve alta de 0,7% no período, ou 879 mil contas. O varejo tradicional chama atenção, uma vez que responde por 848 mil novas contas no período. “O crescimento no número de contas nesse segmento se explica, em parte, pelo pagamento das parcelas do Auxílio Brasil e pelo saque extraordinário do FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço”, avalia Rocha. Vale lembrar que cada pessoa pode ter mais de uma conta, então esse número não equivale ao total de CPFs.

Centro-Oeste é região que mais cresce em patrimônio líquido

Com exceção da região Norte, que ficou no zero a zero, as demais regiões brasileiras entregaram variações positivas no patrimônio líquido no primeiro trimestre de 2022. O Centro-Oeste foi a região que mais cresceu em termos relativos, com alta de 5,4% ou R$ 12,2 bilhões.

O Sul aparece na sequência, com montantes 2,7% superiores (R$ 21,1 bilhões adicionais). Em terceiro lugar está o Sudeste, com acréscimo de R$ 58,9 bilhões (alta de 1,9%), seguido pelo Nordeste, que cresceu 0,6%, um avanço de R$ 2,3 bilhões.

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