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“Ruído atual nos preços é exagerado”, diz gestor de renda variável da XP

Algumas das posições da XP Asset incluem exposição à Eletrobras (ELET3), Sabesp (SBSP3) e Banco do Brasil (BBAS3)

“Ruído atual nos preços é exagerado”, diz gestor de renda variável da XP
(Imagem: joyfotoliakid em Adobe Stock)

Há um descasamento nos preços do Ibovespa e as estimativas mais recentes de lucro nas empresas listadas, na avaliação de Marcos Peixoto, gestor de renda variável da XP Asset. As projeções já melhoraram em mais de 25% desde o pior momento do ano passado, na contramão dos preços do mercado, disse durante evento da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).

“Nos últimos trimestres não tivemos revisões negativas de lucro, será que as coisas estão tão ruins?”

A Bolsa brasileira tem mostrado o pior desempenho dentre as principais do mundo em 2024. Frente aos pares emergentes, o Brasil está perdendo mais de 25%.

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“Brasil está na contramão do exterior, em que as empresas vivem momento pujante. Estamos perdendo oportunidade de rally de alta junto com o resto do mundo”, afirma. A saída do investidor estrangeiro no ano é o principal indicativo deste momento negativo.

A empolgação com o tema da inteligência artificial (IA) e o desempenho das bolsas desenvolvidas têm sugado os recursos das bolsas emergentes, avalia Peixoto.

“O ruído atual nos preços é exagerado”, diz ao comparar com a crise institucional que o País viveu em 2016. Ainda assim, o gestor vê que a sangria vai se estancar em algum momento. E o otimismo se reflete no fato de que os fundos de ações da asset estão com os caixas zerados. Ele aponta que a posição é esta porque não se sabe o gatilho exato que fará a Bolsa se recuperar.

Peixoto aponta ainda que a alavancagem das empresas listadas está relativamente baixa. A projeção da asset é que, nos próximos dois anos, o indicador estará perto das mínimas históricas.

Algumas das posições da XP Asset na renda variável incluem exposição à Eletrobras (ELET3), Sabesp (SBSP3) e Banco do Brasil (BBAS3). Peixoto destaca ainda Renner, pelo múltiplo de preço por lucro atrativo, assim como o setor de educação.

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“Segmento foi massacrado, por isso estamos comprando porque parece que não tem mais para onde cair”, aponta. No caso de Gerdau (GGBR4), a visão positiva vem ao comparar o valuation (valor do ativo) da companhia com o de pares nos Estados Unidos.