- Empresas adotam cada vez mais boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa
- Live E-Investidor entrevistou Marcos Ivo, diretor financeiro e de relações com investidores da Klabin (KLBN11), que contou suas percepções sobre a adoção da agenda ESG
- Entre os benefícios apontados estão os ganhos financeiros a longo prazo e a maior facilidade para tomar crédito
A agenda ESG está cada vez mais presente no dia a dia das empresas brasileiras. Além da boa imagem, assumir o compromisso de melhores práticas ambientais, sociais e de governança (que compõem a sigla em inglês ESG) também trazem benefícios financeiros para os negócios.
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Segundo dados da Ágora Investimentos, as companhias que assumem o compromisso com a pauta apresentam rentabilidade acima do Ibovespa. E há diversas maneiras para acompanhar se uma empresa está cumprindo o ESG prometido, com relatórios anuais da B3, o próprio índice Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da bolsa de valores ou até terceirizando a análise.
Para aprofundar ainda mais no assunto, o E-Investidor convidou Marcos Ivo, diretor financeiro e de relações com investidores da Klabin (KLBN11), para a live da última quarta-feira (26). No bate-papo ao vivo, com interação com os investidores, Ivo listou quatro lições da agenda ESG para as empresas.
Geração de valor
Em um primeiro momento, as práticas ESG podem parecer economicamente desfavoráveis. Mas a adoção da agenda traz benefícios financeiros a longo prazo. Como exemplo, Ivo cita a forma como a Klabin cuida de suas florestas para extrair papel e celulose.
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Segundo o executivo, a base florestal é feita em “mosaico”, uma prática onde a vegetação nativa e o que é plantado se misturam. “Sob a ótica exclusivamente econômica, isso não é o ideal. Porém, os benefícios ambientais do modelo são melhores, o que acaba revertendo lá na frente em produtividade florestal e benefício econômico”, afirma o diretor da Klabin.
Antecipação de mudanças com a crise
Com a pandemia da covid-19, que impôs severas restrições sociais, diversas tendências foram impulsionadas. Provavelmente, a novidade mais perceptível é a consolidação do e-commerce, já que os resultados que eram esperados em alguns anos ocorreram em meses. E ao que tudo indica o segmento deve continuar em alta.
O varejo on-line, no entanto, não foi a única mudança no comportamento do consumidor: os brasileiros se preocupam cada vez mais em ter um mundo mais sustentável. “A pandemia deu muita voz a essa questão de equilibrar o ser humano com os recursos que o planeta nos coloca”, afirma o diretor da Klabin.
Busca por crédito
Segundo Ivo, é crescente e muito intenso o olhar dos credores, seja por meio do mercado de capital ou de bancos, para as práticas ESG da empresa. “Se a empresa não tem bons padrões, acaba não conseguindo acessar os recursos e pode se complicar”, explica Ivo.
Ou seja, as companhias com uma boa agenda ESG têm acesso a linhas de créditos mais baratas, o que consequentemente eleva a lucratividade. “No final do dia, o selo verde gera valor para companhia”, comenta o diretor da Klabin.
Muito além da sigla
A sigla ESG diz respeito a ‘Environmental, Social and Governance’, que em português é representada por ASG – Ambiental, Social e Governança Corporativa. Ou seja, se uma companhia é bem reconhecida neste quesito, ela também é sustentável. “O ESG engloba uma série de boas práticas”, diz Ivo.
Portanto, uma agenda ESG envolve se preocupar com fatores além da sustentabilidade ambiental. A gestão corporativa e social do ambiente em que a empresa atua também fundamental.
Confira a entrevista na íntegra:
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