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Abertura de Mercado: frustração com China derruba bolsas e commodities

Abertura de Mercado: frustração com China derruba bolsas e commodities
Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) 19/05/2022 REUTERS/Andrew Kelly

A primeira sessão desta semana começa com um tom mais negativo nos mercados internacionais em
decorrência dos preços das principais commodities em baixa após a divulgação de dados de indústria e varejo mais fracos do que o esperado na China – o que provocou um (inesperado) corte de juros por lá para estimular a economia. Neste cenário, petróleo, minério de ferro e cobre aceleraram perdas de mais de 3%, enquanto os índices futuros de Nova York e as principais bolsas da Europa operam no vermelho.

Além disso, os investidores também aguardam indicadores de atividade nos Estados Unidos, assim como os discursos de dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), após os dados de inflação abaixo do esperado na semana passada elevarem as expectativas sobre um aperto de juros em menor magnitude em setembro.

Considerando as preocupações com a economia chinesa e os impactos sobre a dinâmica das commodities, é provável que muito ativos domésticos tenham um dia de ajustes negativos – principalmente o Ibovespa, depois da alta firme na última sexta-feira, acima dos 112 mil pontos.

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Como direcionadores locais, os agentes acompanharão as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e, na frente fiscal, propostas em discussão de elevar o salário de algumas carreiras públicas podem elevar as preocupações em torno do rumo das contas do governo – neste e nos próximos anos –, voltando a sugerir adição de prêmios ao longo de toda a curva futura de juros.

Agenda econômica (15/08)

Brasil: O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que tenta antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), de junho será divulgado hoje (9h) e a mediana das estimativas aponta alta de 0,38% após queda de 0,11% em maio. Na comparação anual os economistas projetam avanço de 2,60%, abaixo dos 3,74% registrados em maio.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, faz palestra (9h20).

Dados da balança comercial referentes à segunda semana de agosto também são esperados (15h), assim como os resultados do segundo trimestre de Nubank, Inter, Caixa Seguridade, CSN Mineração e Itaúsa, todos após o fechamento dos mercados.

Nos próximos dias, destaque para o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de agosto, que sai na quarta-feira (17).

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EUA: A ata referente à última reunião de política monetária do Federal Reserve é o destaque da semana, mas será conhecida apenas na quarta-feira. Antes disso, hoje saem os índices de agosto de atividade industrial Empire State (9h30) e de confiança das construtoras (11h), assim como o diretor do Fed, Christopher Waller, que vota no Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) fala em evento (11h50).

Amanhã, sai a produção industrial em julho, enquanto na quarta-feira as vendas no varejo e discursos da diretora do Fed, Michelle Bowman (vota) estão programados. Finalmente, a dirigente do Fed de Kansas City, Esther George (que também vota no FOMC) faz um pronunciamento ao mercado na quinta-feira.

Europa: Amanhã será conhecido o Índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha em agosto. Na quarta-feira o PIB da zona do euro do segundo trimestre será divulgado e, no dia seguinte, sai o índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro final para o mês de julho.

China: A produção industrial aumentou 3,8% em relação ao ano anterior em julho, ligeiramente abaixo do aumento de 3,9% em junho, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS), um resultado que ficou aquém do crescimento de 4,5% esperado. Enquanto isso, as vendas no varejo, cresceram 2,7% em relação ao ano anterior em julho, abaixo da expansão de 3,1% de junho e do aumento de 5% esperado por economistas pesquisados.

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Como resultado desses números mais fracos, o Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país asiático) baixou a taxa de empréstimos de médio prazo (MLF) de um ano para 2,75% e a taxa de recompra reversa de sete dias para 2,0%, gerando expectativas de redução também das taxas de empréstimo e referência da China – a taxa básica de empréstimo – no final deste mês.

Com isso, o banco central local injetou liquidez de 400 bilhões de yuans (algo como US$ 59 bilhões) na economia.

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