- A PwC é uma das maiores multinacionais de consultoria e auditoria do mundo
- A PwC aprovou as demonstrações financeiras da Americanas sem ressalvas na última auditoria de 2021.
- Em 2020, a gestora Squadra questionou a transparência da resseguradora IRB Brasil, que também era auditada pela PwC
O rombo de R$ 20 bilhões detectado nas informações contábeis da Americanas (AMER3) pegou o mercado de surpresa. O caso levantou dúvidas entre investidores quanto ao trabalho realizado pela auditoria das demonstrações financeiras da varejista, a cargo da PwC, uma das maiores multinacionais de consultoria e auditoria do mundo.
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Veja nesta reportagem: investidores questionam auditoria de Americanas (AMER3) e IRB (IRBR3)
A empresa, que antigamente era conhecida como PricewaterhouseCoopers, está há mais de 100 anos no Brasil e emprega 4 mil profissionais. A nova nomenclatura se deu em 1998 após fusão das empresas Price Waterhouse e Coopers & Lybrand, que foram fundadas em 1849 e 1865, respectivamente.
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A PwC faz parte do grupo apelidado de “big four” (4 grandes, em tradução livre) de empresas de consultoria e auditoria. Ela presta serviços de auditoria, consultoria tributária, consultoria em gestão de riscos empresariais, corporate finance e consultoria empresarial.
A companhia é auditora independente na Americanas desde outubro de 2019, quando a KPMG deixou de assinar os balanços da varejista, e aprovou as demonstrações financeiras sem ressalvas na última auditoria de 2021, período alvo das “inconsistências contábeis” reveladas.
“Em nossa opinião, as demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Americanas S.A. e da Americanas S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2021, o desempenho de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa consolidados”, afirmou a PwC no relatório de 24 de fevereiro de 2022.
Procurada, a PwC afirmou não comenta casos de clientes.
IRB Brasil
Esse não é o primeiro conflito envolvendo a PwC. Em 2020, a gestora Squadra questionou a transparência da resseguradora IRB Brasil (IRBR3), que também era auditada pela PwC.
Desde fevereiro de 2020, quando a empresa foi envolvida em um escândalo de gestão que inflava os números dos seus resultados para aumentar os bônus dos gestores, as ações da IRB derreteram mais de 93% na B3. As ações da empresa já foram negociadas acima de R$ 40 antes das cartas da gestora Squadra, mas em seu último pregão na Bolsa, ontem, elas chegaram a valer R$ 0,89.
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Após consecutivas quedas nas ações da IRB, a companhia foi excluída da B3 por ter se tornado uma “penny stock”, alcunha dada a empresas cujos papéis são negociados por menos de R$ 1.