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Itaú BBA prevê alta para as ações do Magazine Luiza (MGLU3)

Mesmo com perspectiva de alta para as ações, banco não recomenda comprar os ativos da varejista; entenda

Itaú BBA prevê alta para as ações do Magazine Luiza (MGLU3)
Fachada do Magazine Luíza (MGLU3). (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) podem subir 11,44% até o fim de 2024, mostra relatório do Itaú BBA enviado ao mercado no último dia 2 de julho. O banco classifica a ação do Magalu como market perform, desempenho dentro da média do mercado, que é equivalente a recomendação neutra.

O Itaú BBA calcula um preço-alvo de R$ 15 para a ação do Magalu para fim de 2024, o que implica na alta de mais de 11% em relação ao fechamento de quarta-feira (17), quando o papel encerrou o pregão a R$ 13,46. As estimativas de alta para a ação do Magazine Luiza acontecem devido  às projeções da instituição financeira para o balanço da varejista no segundo trimestre de 2024.

Magazine Luiza pode lucrar no segundo trimestre de 2024?

Os especialistas dizem acreditar que a companhia deve reverter o prejuízo líquido ajustado de R$ 199 milhões para um lucro de R$ 2 milhões no período. Essa melhora, segundo os especialistas, deve acontecer dom a evolução da receita líquida da varejista. O banco estima um crescimento de 5,4% na receita líquida na comparação entre o segundo trimestre de 2024 e o mesmo intervalo em 2023. O montante deve ir dos R$ 8,57 bilhões para R$ 9,03 bilhões.

Na visão do BBA, o crescimento deve ser impulsionado pelas Vendas das Mesmas Lojas (SSS, na sigla em inglês), que devem crescer cerca de 15% na comparação entre o segundo trimestre de 2024 e o segundo trimestre de 2023. As vendas das mesmas lojas é um indicador que mede quanto uma mesma loja, que existe a mais de 12 meses, vendeu a mais ou a menos que o mesmo período do ano anterior.

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“Nós também esperamos que a rentabilidade do Magalu, medida pela margem bruta, cresça 2 pontos porcentuais na comparação entre o segundo trimestre de 2024 e o segundo trimestre de 2023. O indicador deve ir de 28.8% para 30.8%”, dizem Thiago Macruz e sua equipe, que assinam o relatório do Itaú BBA.

Por que o Itaú BBA não recomenda compra para as ações do Magazine Luiza?

Em outro relatório divulgado no fim de junho, os especialistas comentam o motivo para a recomendação neutra. A equipe do Itaú BBA reconhece a melhora do resultado financeiro da varejista nos últimos dois trimestres. No entanto, eles dizem que preferem esperar por um ponto de entrada melhor na ação. Isso porque o faturamento da companhia ficou abaixo do esperado no primeiro trimestre de 2024.

“Atualmente vemos as ações negociadas a um prêmio de 50% sobre a média do setor varejista. Entretanto, reconhecemos haver um risco ascendente para as nossas estimativas no caso de tendências de receita menores do que o previsto, levando potencialmente a maiores ganhos de endividamento (alavancagem) do Magazine Luiza (MGLU3)”, explicam Thiago Macruz e sua equipe.