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Futuro da Americanas? Como estão 8 empresas da Bolsa em recuperação judicial

Levantamento mostra altas e baixas das ações das companhias em situação financeira crítica

Futuro da Americanas? Como estão 8 empresas da Bolsa em recuperação judicial
Preço médio dos ativos apontados no estudo é de R$ 3 - Fonte: Pixabay
O que este conteúdo fez por você?
  • A Americanas (AMER3) ao entrar em recuperação judicial (RJ) na última semana, foi obrigada a sair de todos os índices da Bolsa de Valores brasileira
  • Porém, o investidor de varejo, caso queira seguir com a ação no portfólio, ainda pode
  • Levantamento realizado pelo Economatica apontou quais outras companhias também entraram com pedido de RJ, mas seguem negociadas em bolsa e o investidor pode comprar

A Americanas (AMER3) ao entrar em recuperação judicial (RJ) na última semana foi obrigada a sair de todos os índices da Bolsa de Valores brasileira e esse fato obriga alguns fundos, por regra, a desmontarem posição na varejista. Porém, o investidor de varejo pode seguir com a ação no portfólio aguardando uma valorização futura – mesmo o mercado afirmando que não é uma boa escolha.

Um levantamento realizado pelo Economatica apontou quais outras companhias também entraram com pedido de RJ, mas seguem negociadas em Bolsa à disposição de investidores. Ao todo, são oito companhias, de diferentes setores. A mais antiga é a Teka (TEKA3), que entrou em recuperação em 26 de outubro de 2012 e, desde então, a ação caiu cerca de 82,3%.

Veja nesta reportagem a explicação completa do caso da Americanas após a revelação do rombo contábil de R$ 20 bilhões.

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A empresa, que chegou a ser uma das maiores fabricantes de artigos de cama, mesa e banho da América Latina, acumulou dívidas de mais de R$ 1,4 bilhão. Até o momento, a empresa segue em recuperação judicial, acumulando prejuízos financeiros em todos os seus braços operacionais, apontou o último relatório do processo judicial divulgado neste ano.

Na lista também está a Saraiva (SLED4), que entrou em recuperação em 26 de novembro de 2018. A companhia apresentou o pior desempenho no levantamento, que considerou a performance dos papéis depois que as empresas entraram em RJ: as ações da caíram 96,96%.

A Saraiva anunciou uma dívida de R$ 675 milhões ocasionada, de acordo com a empresa, pela crise no mercado editorial, quando clientes passaram a ler livros digitais ao invés de físicos, e por, principalmente, entraves relacionados aos credores. A livraria atrasou o pagamento dos fornecedores de livros. Relembre o caso.

A única companhia que apresenta alta após o pedido de recuperação judicial é a Atmasa (ATMP3), empresa focada em fornecer serviços de atendimento a clientes. A Atmasa entrou em recuperação judicial em 15 de junho de 2022 e suas ações se valorizaram 9,65% desde então.

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Vale investir nesses papéis?

Para especialistas, essas ações só são interessantes para investidores que pretendem especular, pois são pouco negociadas e qualquer movimentação pode significar uma forte variação o preço tanto para cima quanto para baixo.

O preço médio dos ativos é de R$ 3. A ação mais cara é da Bardella (BDLL4), que está em torno de R$ 8,40. Já a mais barata é a João Fortes Engenharia (JFEN4), cujo valor é de aproximadamente R$ 0,70 – veja nesta reportagem o que são penny stocks, ativos que custam menos de R$ 1.

Haroldo Levy, diretor técnico da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC Brasil), afirmou que cada caso é um caso, sendo preciso estudar a fundo a estrutura da companhia para saber se é valido comprar uma determinada ação.

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Heitor De Nicola, especialista de Renda Variável e sócio da Acqua Vero Investimentos, explicou que o investidor precisa analisar qual é a cadeia de negócio da empresa, como gera fluxo de caixa e quais são as possibilidades de quitar as dívidas, seja via renegociação de prazo ou a venda de ativos.

Vale lembrar que o processo de RJ consiste na renegociação dos prazos das dívidas de uma empresa para conseguir se reestruturar e ter novamente caixa suficiente para quitar os débitos.

Rodrigo Alves, Head de Produtos na RJ+ Investimentos, afirmou que não é interessante investir nessas empresas porque o tempo da recuperação judicial é demorado. Então, a possibilidade de se ter um retorno positivo pode durar anos. “E pode ser que não aconteça. Ou seja, no final, é muito arriscado”, afirmou o especialista.

De todo modo, ele diz que, caso o acionista de uma dessas companhias ainda mantenha posição, mesmo após o pedido de recuperação judicial, é recomendável que siga com o ativo no portfólio para que “talvez, e no futuro,” exista uma recuperação. “Quem não se desfez dessas ações, muito provavelmente perdeu dinheiro e, agora, a solução está em torcer para ter uma retomada nos negócios [e, consequentemente, na cotação das ações]”, declarou.

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Por exemplo, um investidor que tinha R$ 10 mil na Americanas antes da companhia entrar em recuperação, se não desfez nenhuma posição, hoje tem apenas R$ 700. A varejista desde sua recuperação caiu cerca de 90%, em linha com as outras empresas do levantamento acima.

Leia também: o especialistas indicam fazer com o papel AMER3 após a RJ.

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