- PetroRio (PRIO3), 3R Petroleum (RRRP3) e Petrorecôncavo (RECV3) são avaliadas como as empresas com maiores chances de surfar o aumento
- Analistas acreditam que o impacto do aumento do preço do petróleo será melhor absorvido pelas petroleiras privadas, em detrimento da Petrobras, que mantém questões arriscadas
- Apesar das expectativas, também há incertezas que rondam as empresas privadas de petróleo, como a possibilidade de o imposto sobre exportação virar lei
O corte na produção diária de petróleo, conforme anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) no último fim de semana, tem potencial para favorecer as ações chamadas “junior oils”. O encarecimento do petróleo possibilitou um dia de valorização em bloco para as empresas no primeiro pregão da semana.
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Com diversas ressalvas à Petrobras, a avaliação é de que PetroRio (PRIO3), 3R Petroleum (RRRP3) e PetroReconcavo (RECV3) têm maiores chances de surfar o aumento do preço da commodity de forma sólida. Na segunda-feira, os papéis tiveram valorização de 3,88%, 1,56% e 1,37%, respectivamente.
Na manhã de terça-feira, PRIO3 seguia em forte alta, de 4,01%, cotada a R$ 33,72, às 11h42. As demais também subiam, embora em menor grau no mesmo horário. RRRP3 avançava 0,23%, para R$ 29,98 e RECV3 valorizada 0,93%, para R$ 20,81.
- Mostramos nesta matéria a avaliação de analistas sobre as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) após a decisão da Opep+
O head de Renda Variável e sócio da A7 Capital, André Fernandes, diz que o impacto deve ser melhor absorvido pelas petroleiras privadas, já que a Petrobras mantém questões arriscadas no radar. “Vemos que a estatal vem sofrendo com maior interferência do governo atual”, diz, ao comentar sobre possíveis medidas que podem enfraquecer os ativos da empresa mesmo com a alta do petróleo.
Oportunidade de compra?
As ações das “junior oils” estavam em queda nas últimas semanas tanto pela baixa do preço do petróleo como pela decisão do governo federal de criar um imposto sobre exportação de petróleo cru. Dessa forma, com a retomada e perspectiva de melhores ganhos, a avaliação é de oportunidade de compra com o foco no longo prazo
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“Essas empresas são grandes exportadoras e aumentaram suas produções por conta da discussão sobre a taxação. Com maior produção a novos valores, os balanços dessas empresas tendem a ser impactados positivamente”, avalia Fernandes.
A sócia e analista de ações da Nord Research, Danielle Lopes, vê atratividade nas três empresas. “Elas têm conseguido bons resultados e agora com a commodities subindo segue a oportunidade de investimento”, diz Lopes. A analista lembra que ações de petróleo são consideradas boas ferramentas em uma carteira para controlar as perdas em razão da inflação.
Já Lucas Serra, analista da Toro Investimentos, faz destaque de ações preferenciais. “No atual momento, vemos a Prio com perspectivas mais positivas em decorrência dos resultados entregues, com a queda recorrente dos custos de extração”, diz Serra, que também cita como destaque a 3R.
Incertezas
O analista de investimentos da Ágora, Ricardo França, pondera que apesar das expectativas, também há incertezas que rondam as empresas privadas de petróleo. Sobre a taxação da exportação do petróleo, por exemplo, cita que ainda não está certo se o imposto será provisório ou se vai virar lei.
“A cotação é importante, porém existem outros fatores que podem influenciar o caminho desses papéis”, aponta França. Ainda assim, o analista diz que o momento pode ser de entrada para o investidor que está olhando para o longo prazo. “É uma oportunidade, mas temos uma conjuntura global complexa que requer avaliação”, diz.
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