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Com o gatilho proporcionado por forte realização de lucros em Nova York, o Ibovespa hoje encadeou a segunda sessão negativa, agora em padrão mais volátil, saindo de alta pela manhã para perda de 1,17% no fechamento, aos 100.721,36 pontos, passando por mínima a 99.750,80 pontos (-2,12%) no meio da tarde.
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O giro financeiro, muito reforçado, totalizou R$ 37,9 bilhões. Na semana, o índice cede 1,39% e, no ano, 12,90%, mas neste começo de setembro tem avanço de 1,36%.
Em dia de forte correção nas bolsas de Nova York, com o S&P 500 em queda de 3,51%, o mercado acionário brasileiro seguiu a tendência, em menor grau, de queda, com o investidor aproveitando a quinta-feira para rotacionar sua carteira de investimentos em ações do setor bancário e aéreo, penalizadas durante os últimos meses, em detrimento de papéis do varejo eletrônico.
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“O mercado está sem tendência desde que retomamos os 100 mil pontos no Ibovespa, ainda na espera de um sinal mais claro de recuperação econômica no terceiro trimestre. Então hoje exacerbou esse movimento de rotação de carteira que vimos durante praticamente todo o último mês de agosto”, diz Raphael Guimarães, analista da RJ Investimentos. “As ações que mais se valorizaram nesses últimos meses, como varejo eletrônico e frigoríficos, acabaram sendo deixadas de lado pelos bancos e empresas aéreas.”
As três ações que mais ganharam preço no dia foram Hering (HGTX3), Bradesco PN (BBDC4) e Bradesco ON (BBDC3). Confira o que influenciou o desempenho desses três papéis.
Cia. Hering ON avançou 4,15% nesta quinta-feira, fechando o dia como a maior alta do índice. Com valorização acumulada de quase 13% em três sessões de setembro, Guimarães vê que o papel ainda tem espaço para crescer.
“Graficamente ainda está interessante e vem de um setor que mostrou menos resiliência para atravessar a crise, está com preços de um ano atrás, e deve se recuperar com a retomada da economia mesmo se ela for mais lenta que o esperado”, diz.
O movimento de troca de posições favoreceu as ações dos grandes bancos de varejo. Bradesco PN teve a segunda maior valorização do índice, avançando 3,93%, seguida do papel ON (3,83%). Units de Santander Brasil subiram 3,38%, Itaú Unibanco PN, 2,43% e Banco do Brasil ON, 1,56%. Itaúsa PN s 2,09%.
“O investidor trocou ações que tiveram crescimento em potencial durante a crise para papéis depreciados e com um potencial de valor real maior”, aponta Raphael Guimarães.
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Ajudou na alta um relatório do Bank of America, que elevou a recomendação do setor a ‘market weight’ (desempenho em linha com o do mercado), diante de sinais de que a economia brasileira começa a entrar em ritmo de retomada, e a redução de ruídos relacionados a aumento de impostos sobre o setor.
“O relatório ajudou o investidor a ver que o movimento de baixa de agosto não fez muito sentido pro setor. O retorno pro acionista está defasado e descontado em múltiplos em relação ao restante do mercado”, diz Julia Monteiro, analista da MyCap.
*Com Estadão Conteúdo
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