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- O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (15) em baixa de 0,28%, aos 99.054,06 pontos, e teve giro financeiro de R$ 23,5 bilhões
- As três ações que mais ganharam preço no dia foram Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3) e JBS (JBSS3)
Embora em leve baixa no fechamento da sessão, o Ibovespa hoje conseguiu sustentar a linha de 99 mil pontos nesta quinta-feira negativa no exterior.
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À espera do balanço da CSN, programado para depois do fechamento de hoje, o setor de siderurgia foi decisivo para limitar as perdas na B3, mesmo com Nova York no vermelho pelo terceiro dia seguido e queda perto ou acima de 2% nas principais bolsas da Europa. Aqui, o Ibovespa cedeu 0,28%, aos 99.054,06 pontos, com giro financeiro a R$ 23,6 bilhões na sessão. Na semana, o índice sobe 1,61% e, no mês, 4,70%, limitando as perdas no ano a 14,35%.
No exterior, a cautela e aversão ao risco se impuseram nesta semana com a progressão da segunda onda do coronavírus na Europa, que tem resultado em novas medidas restritivas em países como França, Reino Unido e Espanha, colocando em xeque a retomada econômica.
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“A própria Angela Merkel disse que a economia não aguenta um novo lockdown, então os países estão buscando restrições sociais, para evitar algo mais drástico”, aponta Roberto Attuch, CEO da Omininvest. “A eleição americana continua a ser o fator imediato de maior risco, especialmente se Trump vier a questionar os votos pelo correio”, acrescenta.
“Este descolamento que temos visto na B3 talvez reflita um pouco mais de otimismo quanto ao equacionamento da questão fiscal, sobre como virá o Renda Cidadã para 2021, sem comprometer o equilíbrio fiscal e a trajetória da dívida”, diz Attuch.
As três ações que mais ganharam preço no dia foram Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3) e JBS (JBSS3). Confira o que influenciou o desempenho desses três papéis.
Usiminas (USIM5): +6,06%
CSN (CSNA3): +5,71%
As siderúrgicas subiram em bloco, em meio às expectativas pela divulgação dos resultados trimestrais da CSN. De acordo com a média das estimativas de cinco casas consultadas pelo Prévias Broadcast, a companhia deverá apresentar lucro líquido de R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 871 milhões visto um ano antes.
Mas o maior destaque deve ser o Ebitda ajustado, que pode chegar a R$ 3,2 bilhões, alta de 104% em um ano.
JBS (JBSS3): +4,28%
Dando continuidade à expansão de mais de 9% no pregão anterior, as ações ON de JBS ampliaram os ganhos diante da perspectiva de que, após o acordo da holding J&F, que controla a companhia, com o Departamento de Justiça americano (DoJ), a possibilidade de um IPO do frigorífico nos EUA fique mais próxima. Desafios relacionados à Justiça brasileira, no entanto, ainda precisam ser superados.
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O head de agro da Criteria Investimentos, Rodrigo Brolo, ressaltou que tais pendências na Justiça limitam o avanço mais consistente da ação. “Há um ano, o papel estava em R$ 32,00. De lá pra cá, a empresa apresentou mais lucro e melhores margens, e o papel caiu para R$ 19,00. Agora, com os acontecimentos recentes, foi para R$ 22, mas ainda está ‘barato’ em relação ao que tem apresentado”, apontou. Ainda assim, o Citi destacou que o acordo tirou um peso que a ação vinha sofrendo.
*Com Estadão Conteúdo