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Por que CVC (CVCB3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11) tiveram os piores desempenhos do dia na Bolsa

Os três papéis registraram as maiores quedas no pregão da B3 desta terça-feira

Por que CVC (CVCB3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11) tiveram os piores desempenhos do dia na Bolsa
Foto: Pilar Olivares/Reuters
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  • O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (7) em baixa de 1,19%, aos 97.761,04 pontos, e teve giro financeiro de R$ 25,4 bilhões
  • As três ações que mais perderam preço no dia foram CVC (CVCB3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11)

O dia do Ibovespa foi marcado por quedas em alguns dos seus papéis mais importantes: os dos bancos. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), emitiu declaração que teve forte impacto negativo nas ações das instituições financeiras.

Ele propôs o fim das taxas de juros do cheque especial e do cartão de crédito que, segundo ele, são um absurdo e distorcem o sistema financeiro. Esses dois produtos têm peso importante na composição de resultados do segmento.

Com o temor de que o aumento de casos da covid-19, em especial nos Estados Unidos, pressione a recuperação da economia mundial, o investidor preferiu buscar ações de empresas menos expostas aos efeitos econômicos da pandemia. Isso beneficiou, por exemplo, Magazine Luiza (MGLU3), uma das maiores altas do dia.

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O pregão fechou em baixa de 1,19%, aos 97.761,04 pontos, e teve giro financeiro de R$ 25,4 bilhões.

As três ações que registraram as maiores quedas no dia foram CVC (CVCB3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11).

Confira o que afetou o desempenho desses três papéis.

CVC (CVCB3): -6,93%

A empresa de viagens, que ainda não publicou os balanços do quarto trimestre de 2019 e do primeiro trimestre de 2020, divulgou números dos impactos financeiros e contábeis da pandemia da covid-19 sobre seu negócio.

A pandemia deve causar ao menos R$ 556 milhões em baixas no valor de ativos, e a empresa vê riscos de perdas com créditos de R$ 380 milhões que possui junto a companhias aéreas caso alguma delas encerre atividades.

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Outro ponto destacado pela CVC foi nas estimativas de impacto de erros contábeis em balanços de exercícios entre 2015 e 2019. Antes, a companhia esperava revisões da ordem de R$ 250 milhões, número que aumentou em R$ 100 milhões agora. O fato relevante reportou ainda impactos do aumento da inadimplência e de perdas irrecuperáveis com cancelamentos de viagens.

O impacto negativo dos números se somou a dois fatores: a forte alta registrada ontem pelo papel, de mais de 10%, e os temores de que o mundo volte a se fechar em quarentenas caso haja um aumento mais disseminado dos casos da covid-19. “Ontem, o que pode ter acontecido é um movimento de ‘stop’ [encerramento de posições] de quem estava vendido, mas hoje isso se reverte. O receio com aumento de casos da covid-19 leva a essa aversão com o papel”, comentou Bruno Madruga, sócio e chefe de renda variável da Monte Bravo.

Itaú Unibanco (ITUB4, -4,90%) e Santander Brasil (SANB11, -4,36%)

Na lista de destaques negativos do índice ficaram Itaú Unibanco PN (-4,90%), Santander Brasil Unit (-4,36%) e ainda Bradesco PN (-4,15%) e ON (-4,10%), Banco do Brasil ON (-4,01%) e Itaúsa PN (-3,57%). Entre as American Depositary Receipts (ADRs), Itaú Unibanco recuou 5,63%, fechando na mínima, Santander Brasil caiu 5,02%, Banco do Brasil (-3,84%), e as duas ADRs do Bradesco tiveram quedas de 3,84% e 2,91%.

Nas medidas para baratear o crédito e irrigar a economia, Rodrigo Maia considerou “um absurdo” essas taxas cobradas e disse que isso terá de ser discutido. Indagado sobre os projetos de tributação maior dos bancos, Maia disse que todos buscam soluções para ampliar a arrecadação, mas essa não é uma discussão para o atual momento de crise do novo coronavírus porque sempre é a sociedade quem paga essa conta. “Acho que os bancos poderiam ter se unido”, disse.

O Senado deve analisar o projeto de lei que limita a cobrança de juros no cheque especial e no cartão de crédito em agosto. Segundo apurou o Broadcast Político, o projeto de lei que prevê autonomia formal do Banco Central também está no radar dos parlamentares e pode ser analisado no mês que vem.

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*Com Estadão Conteúdo

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