- A carteira é composta por cinco ativos com características de Small Caps, ou seja, empresas de menor capitalização
- Nessa carteira consideramos ativos que façam parte, no momento da divulgação do portfólio, do índice de Small Caps (SMLL) da B3
A carteira é composta por cinco ativos com características de Small Caps, ou seja, empresas de menor capitalização. Nessa carteira consideramos ativos que façam parte, no momento da divulgação do portfólio, do índice de Small Caps (SMLL) da B3 e/ou eventuais outros ativos que atendam a tal característica (empresas com valor de mercado de até R$ 10 bilhões).
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Para junho, optamos por realizar uma troca na carteira, substituindo as ações ON da Arezzo (ARZZ3) pelas ações ON da Via Varejo (VVAR3). A troca é tática, entre empresas do mesmo setor, mas incluindo um ativo com maior exposição ao e-commerce, que na nossa opinião pode ter um melhor momentum no atual cenário de restrição. A possível reabertura gradual do comércio nas próximas semanas também poderia contribuir para o melhor desempenho da Via Varejo.
Cesp | CESP6
A Cesp segue como uma das nossas principais recomendações no setor elétrico e destacamos que seus resultados devem ser resilientes mesmo em períodos de desaceleração da economia. Após a privatização da empresa, em 2018, a gestão vem se esforçando para melhorar seus resultados operacionais, reduzir custos e reverter alguns valores provisionados. Recentemente reduzimos as nossas estimativas para os preços da energia no longo prazo, para considerar a redução da demanda esperada em função dos impactos do coronavírus. Ainda assim vemos potencial de valorização para as ações no longo prazo.
Movida | MOVI3
As empresas do setor de aluguel de veículos estão naturalmente sendo afetadas pela queda na demanda em meio à pandemia da covid-19, no entanto, a Movida possui um balanço robusto e um valuation atraente, o que justifica uma Compra. Durante a reestruturação do segmento Seminovos, a Movida focou na expansão da gestão de frotas e desenvolvimento de novos produtos, como o Movida Mensal Flex, que é semelhante ao arrendamento operacional para indivíduos. Agora, a empresa tem mais exposição a produtos de médio e longo prazo e também concluiu a reestruturação do Seminovos no 4T19, o que poderá aumentar a liquidez de caixa através das vendas de veículos usados. Para concluir, os resultados do 1T20 e os números operacionais de abril confirmam que a Movida está bem posicionada para melhorar a rentabilidade nos próximos trimestres, apesar da covid-19.
Sanepar | SAPR4
Reconhecemos que a empresa deve enfrentar um cenário desafiador no curto prazo, mas seu valuation os fundamentos justificam a escolha do ativo para a Carteira. As premissas atuais refletem quatro principais impactos no fluxo de caixa da companhia: i) aumento na provisão para devedores duvidosos; ii) maior necessidade de capital de giro (isto é, dias a receber); iii) aumento no custo da dívida; e (iv) os reguladores e governos tomarão medidas para preservar os consumidores, como, por exemplo adiamento do reajuste tarifário, o que não muda a nossa visão sobre o ativo. Ainda assim, vemos as units da Sanepar em patamar de preços atraente, e acreditamos que a empresa possui condições de atravessar esse período de incertezas. Mesmo assumindo que o reajuste anual da tarifa não ocorra, a Sanepar parece atraente sob as diversas métricas de avaliação, até mesmo pelo dividend yield na casa dos 5% para 2020/21.
Tenda | TEND3
Levando em consideração a pandemia de Coronavírus e os impactos econômicos, preferimos uma exposição na Construção Civil em players de baixa renda. Em nossa opinião, as vendas do segmento de média-alta renda estão altamente correlacionadas com dados macroeconômicos, tais como índice de confiança, taxa de desemprego, etc e podem sofrer mais, enquanto as vendas no segmento de baixa renda são muito mais resilientes, com demanda estrutural. Consideramos lançamentos e vendas 40% menores para players de média e alta renda e 25% menores para players de baixa renda (semelhante ao ocorrido na crise de 2008/09). Neste segmento de baixa renda, mantemos nossa preferência pela Tenda. A empresa divulgou resultados sólidos nos últimos trimestres, surpreendendo o mercado de forma favorável no que se refere aos indicadores de lançamentos, vendas líquidas, velocidade de vendas, dentre outros. Apesar dos desafios com o programa MCMV, a companhia tem se mostrado mais eficiente e, portanto, tem ganho participação de mercado. Acreditamos que a Tenda está preparada com um balanço saudável para ultrapassar o momento atual mais adverso.
Via Varejo | VVAR3
Os resultados do 1T20 da Via Varejo mostraram que o plano de reestruturação da companhia está no caminho certo. Três meses de crise da covid-19 e a Via Varejo está se mantendo melhor do que o esperado. VVAR3 foi uma das ações que mais sofreu quando o mercado começou a precificar os riscos representados pela covid-19 no final de fevereiro. Três meses se passaram e a empresa está em uma forma muito mais forte do que muitos investidores esperavam, com o canal de comércio eletrônico crescendo e as lojas gerando receita por meio de vendas remotas. Continuamos vendo o lado positivo das ações, e, um potencial de valorização adicional proveniente de menor prêmio de risco, ganhos de participação no mercado de comércio eletrônico e maior lucratividade. Dependendo das condições de mercado, as ações poderiam retornar ao pico de 2020, de R$ 16,00.