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Ações da Copel: saiba quais são as melhores para sua carteira

Saiba qual delas têm a cara do seu perfil de investimentos

Ações da Copel: saiba quais são as melhores para sua carteira
  • A Copel trabalha hoje com quatro ações: CPLE3, CPLE5, CPLE6 e CPLE11
  • CPLE3 e CPLE6 eram as ações da Copel mais negociadas, mas a Unit CPLE11, operada há menos de um ano, promete ser o carro-chefe da companhia e ter maior liquidez

Fundada em 1954, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) trabalha com geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia. Mas não é só eletricidade que a empresa distribui: ela é conhecida por remunerar os investidores com ótimos dividendos.

A companhia tem ações nominais e ordinárias distribuídas nos mercados fracionário e à vista. Mas o que essas opções têm de diferença entre si? Qual é a melhor para você?

Confira neste texto quais são as ações da Copel negociadas na B3, a Bolsa de Valores do Brasil, qual é a mais indicada para o seu perfil de investimento e também o que o investidor pode esperar da companhia ao se tornar um acionista. “Spoiler”: além das tradicionais CPLE3, CPLE5 e CPLE6, tem novidades da CPLE11!

Ações da Copel: conheça as características

Os dividendos pagos pela Copel estão entre os pontos altos da busca pela companhia. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

1. CPLE3

As ações CPLE3 são ordinárias, ou seja, permitem que os acionistas tenham poder de voto nos rumos da empresa conforme a proporção dos ativos que possuem.

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Quem opta por elas deseja estar no dia a dia da companhia. De todo modo, são ações menos voláteis e que tendem a sofrer efeitos moderados durante altos e baixos.

Porém, a menor liquidez também tem limitações. Se um investidor trabalha com day trade, por exemplo, encontrará opções de investimento melhores do que a ação ordinária.

Para Tiago Piassun, sócio-diretor da Marco Investimentos, a compra da CPLE3 vale a pena se o perfil do investidor combinar com as características do ativo. “Caso a visão principal seja a participação no ambiente corporativo da companhia e nas tomadas de decisão, certamente as ações ordinárias são a melhor escolha”.

2. CPLE5

Diferente da CPLE3, a CPEL5 é uma ação preferencial. Essa modalidade tem prioridade no recebimento de proventos e lucros da companhia, como os dividendos, que têm tornado a Copel uma opção comum na carteira dos investidores.

Além disso, as ações preferenciais são reembolsadas prioritariamente durante o processo de falência ou liquidação da empresa. Portanto, se um investidor é mais tradicional, isso pode pesar na tomada de decisão dele.

A CPLE5 é uma ação preferencial classe A. Isso quer dizer que ela tem um valor mínimo de dividendos diferente do das ações classe B, as quais trabalham com dividendos fixos.

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Antes de comprar a ação CPLE5, é importante saber que ela é o ativo com menor liquidez da Copel, tanto é que seu gráfico tem um comportamento diferente das ações CPLE3 e CPLE6, por exemplo.

Então, isso tem prós e contras: a vantagem é sofrer baixa oscilação de mercado; a desvantagem é a dificuldade de vendê-la rapidamente.

3. CPLE6

A CPLE6 também é uma ação preferencial, mas é de tipo B, ou seja, com pagamento de dividendos prefixados. Além disso, ela tem mais liquidez do que a CPLE3 e a CPLE5 e, por isso, é mais indicada para quem quer negociações rápidas, como em day trade.

Isso também vale para quem busca altos dividendos, pois a Copel é reconhecida como boa pagadora desses proventos. Contudo, a CPLE6 não se valorizou significativamente no último período, mas pagou cerca de 18% de dividend yield aos seus acionistas no último ano.

Além de os dividendos continuarem chamando a atenção em 2022, a ação oscila entre R$ 6,10 e R$ 7,40 desde o início do ano.

4. CPLE11

A “cereja do bolo” são as ações CPLE11. As anteriores permanecem em negociação, mas as Units prometem ser o ativo mais interessante. Formadas por uma ação ordinária e quatro preferenciais do tipo B, o combo apresenta ótima liquidez.

Do ponto de vista da valorização, a formação se manteve bem. A CPLE11 é negociada desde abril de 2021. O preço inicial foi de R$ 29 aproximadamente e, desde o início de fevereiro, oscila próximo a R$ 35. Porém, novamente, o principal trunfo da ação são os dividendos: a Genial acredita que o yield ficará em 10,8%.

Saiba mais da empresa

A Copel tem potencial de crescimento caso adote novas ações de governança. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

A Copel é uma empresa com maturidade na bolsa de valores: fez seu IPO em 1994 e foi a primeira distribuidora de energia brasileira a ser cotada em bolsas estrangeiras. Isso ajuda a entender a estabilidade da companhia, mas Tiago Piassun comenta que há uma “avenida” de crescimento caso a companhia consiga superar alguns entraves.

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Para o especialista, a venda da Copel Telecom permitiu concentrar as atividades da companhia no ramo em que ela já tem expertise. Ainda assim, ele observa que os custos são 23% maiores do que os das demais empresas do setor, portanto há necessidade de se aprimorar o modelo de governança, que ainda conta com interferência estatal.

Em relação a esse último ponto, o governo paranaense tem apontado medidas no sentido de reduzir a participação estatal na companhia. A ideia é caminhar rumo ao Nível 2 da B3, que dá o direito de voto em agendas específicas aos acionistas preferenciais e confere o mecanismo de tag along aos minoritários, ou seja, o direito de receberem o mesmo valor que os acionistas controladores caso a empresa seja vendida.

Esse processo ainda está em curso, mas a Copel permanece sendo interessante. “Incertezas quanto à sua capacidade de redução de custos e principalmente ao grau de governança acabam prejudicando a visão do mercado. Mas a solidez e os dividendos ainda a tornam interessante para investidores de longo prazo”, conclui Piassun.

Fonte: Suno, XP, B3.

Revisão técnica: Tiago Piassun, sócio-diretor da Marco Investimentos.

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