As eleições presidenciais de 2022 serão decididas em segundo turno. Com as urnas apuradas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) somou 48,43% dos votos, frente a 43,20% do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
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Com a disputa se estendendo até o fim de outubro, investidores vão continuar lidando com a volatilidade política pensando sobre a bolsa de valores. Na visão de especialistas ouvidos pelo E-Investidor, o resultado não deve fazer tanto preço na bolsa. Veja também, como o mercado avaliou o 1º turno e o que espera a partir de agora.
Pedro Menin, sócio-fundador da Quantzed, explica que, além de já estar precificado, o segundo turno deve forçar o ex-presidente Lula a se aproximar do centrão para atrair mais votos. Um cenário mais positivo, sob a ótica do mercado, do que uma vitória petista no primeiro turno.
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“Nesse cenário, o Lula deve ser pressionado a se aproximar do centro principalmente no Ministério da Economia e a abrir os planos de governo para tentar ganhar alguns votos. Uma eventual vitória no primeiro turno o daria quase que uma carta branca, e isso não estava precificado de jeito nenhum”, diz.
Mario Goulart, analista de investimentos e criador do canal ‘O Analisto’, destaca que há quem acredite que o segundo turno pode até gerar certo otimismo na bolsa, pois indica um fortalecimento do presidente Bolsonaro.
“Estamos vendo um Congresso e um Senado francamente bolsonaristas, e há quem acredite que essa demonstração de força do bolsonarismo vai ser boa para a bolsa”, diz Goulart. Mas, na visão do analista, o resultado não impacta tanto assim. “A bolsa brasileira também é pautada por bolsas mundiais, não vejo uma força tão grande assim”.
Já Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, destaca alguns setores que podem crescer em outubro na bolsa. “Os destaques de setembro foram as ações de saúde e construção civil por conta das falas do ex-presidente Lula. Para outubro, a ideia é que os dois setores fiquem em alta novamente”, diz. Segundo Cruz, o mercado deve reagir com bastante volatilidade a cada pesquisa e debate deste segundo turno.
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Colaborou: Maria Clara Matos