

O dólar opera estável, ao digerir as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Copom. Às 15h48, a divisa operava cotada a R$ 5,302, após tocar a mínima de R$ 5,2702.
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O dólar opera estável, ao digerir as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Copom. Às 15h48, a divisa operava cotada a R$ 5,302, após tocar a mínima de R$ 5,2702.
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No cenário internacional, a moeda americana, contudo, se valoriza frente às principais moedas, enquanto ante os emergentes os sinais são mistos. A fala do presidente do Fed, Jerome Powell, ontem deu o tom: o BC americano iniciou o ciclo de flexibilização com um corte de 25 pontos-base e sinalizou que os próximos passos serão graduais. O mercado trabalha com duas novas reduções ainda em 2024, movimento que tende a ajudar os emergentes. Hoje, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou que o número de pedidos de auxílio-desemprego no país caiu 33 mil na semana até 13 de setembro, a 231 mil. O resultado ficou abaixo da previsão de analistas consultados pela FactSet, de 242 mil solicitações, o que ajuda, porém, a alta do dólar no mercado internacional.
Na Europa, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manteve sua principal taxa de juros em 4%, em um ambiente de pressões inflacionárias e crescimento fraco no Reino Unido. Já o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, lembrou que o ciclo de cortes iniciado em junho pode não estar concluído, reforçando a postura dependente de dados.
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Por aqui, o dólar reflete a leitura do comunicado mais duro do Copom. O BC manteve a Selic em 15% e reforçou que os juros seguirão elevados por “período bastante prolongado”, descartando cortes no curto prazo. Analistas destacam que a autoridade monetária segue preocupada com expectativas desancoradas e mercado de trabalho aquecido.
O pano de fundo doméstico também carrega fatores políticos. Ontem à noite, a Câmara aprovou regime de urgência para o projeto que trata da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, um dia depois da votação da PEC da Blindagem. Além disso, pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta manhã mostra Lula à frente em todos os cenários para 2026, vencendo adversários em segundo turno. Na agenda do dia, o destaque fica com a participação pós-Copom do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento sobre crédito consignado. Ele iniciou sua fala defendendo a autonomia do BC. Ontem, o dólar à vista fechou em alta de 0,06%, a R$ 5,3012, e interrompeu o ciclo de cinco pregões consecutivos de queda da moeda ante o real.
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