- A Americanas (AMER3) entrou com um pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira (19)
- A companhia anunciou uma dívida no valor de R$ 43 bilhões, a quarta maior operação desse tipo na história do Brasil
- A partir de agora, segundo regras da B3, as ações da companhia não estarão mais na carteira do índice Bovespa
A Americanas (AMER3) entrou com um pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira (19). A companhia anunciou uma dívida no valor de R$ 43 bilhões, a quarta maior operação desse tipo na história do Brasil e quase o dobro do que foi inicialmente informado pelo ex-CEO, Sergio Rial. Entenda como funciona o processo de RJ.
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A B3 informou que vai retirar as ações da Americanas de todos os índices da Bolsa de Valores, sendo o principal deles, o Ibovespa. Além do Ibovespa, as ações da Americanas deixaram os índices IGCX (Governança), ICO2 (Carbono eficiente), ICON (Consumo), IBXX (Brasil 100), IGCT (Governança Corporativa Trade), IGNM (Novo Mercado), IBRA (Brasil Amplo), IVBX (Valor), ITAG (Tag Along Diferenciado), SMLL (Small Caps), IBXL (Brasil 50) e GPTW (Melhores Empresas para Trabalhar). A medida vale após o pregão desta sexta-feira (20)
Vale destacar que o processo de compra e venda das ações da Americanas seguirá normal mesmo com a recuperação judicial, como qualquer outro ativo. Mesmo que logo após o anúncio da recuperação, as negociações tenham sido suspensas por alguns minutos.
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“Deixar de fazer parte do índice não significa que deixa de ser listada em bolsa. Negociação continua normal, continua tendo volume. Quem quiser comprar ou vender consegue tranquilamente durante a RJ’, diz Ricardo Brasil, fundador da Gava Investimentos. O especialista diz que não é interessante para o investidor ter papéis da companhia neste momento.
No acumulado de 2023, as ações AMER3 já registram queda de 87,6%. E saída do IBOV pode impactar até mesmo na liquidez das ações. “Depois que passar essa crise toda, o volume médio de negociações de Americanas tende a cair bastante”, diz Brasil. “A ação se torna menos atrativa porque o índice serve como uma validação para o mercado de que há liquidez e negociabilidade. No momento em que uma empresa sai do IBOV, esse “selo” vai embora e a a liquidez tende a cair.”
Já para quem investe na companhia via fundos, é preciso olhar na lâmina do produto, visto que há fundos que só podem investir em papéis no Ibovespa. E como vão precisar vender suas posições, deve haver uma pressão de queda na cotação da varejista.
“Caso o pedido de recuperação judicial seja acatado, a empresa poderá ganhar uma sobrevida. Isto porque o processo permitirá que a companhia suspenda e renegocie suas dívidas durante trâmite processual e, com isso, poderá continuar desenvolvendo suas atividades”, diz o fundador da Gava.
Felipe Pontes, diretor operacional do Economatica, diz que a situação é menos complicada para quem investe via fundos. “Os gestores já devem estar rebalanceando as carteiras para desmontar posição na varejista e encontrar melhores opções.”
Veja o peso de Americanas nos índices da bolsa:
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